Os encargos trabalhistas custeados pelas empresas no Brasil superam os salários pagos para os empregados. De acordo com estudo do professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) José Pastore, o custo chega a 103,7% das remunerações. O estudo foi divulgado pelo Estadão no último dia 10.
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O cálculo considera tudo que as empresas gastam com obrigações sociais, entre elas as contribuições para a Previdência. Fundo de Garantia do tempo de Serviço (FGTS) e salário educação, e despesas com o tempo em que o empregado não está trabalhando, como férias e décimo terceiro salário.
Para contratação de um trabalhador com salário de R$ 2.287 na indústria, a remuneração média par um indivíduo com ensino médio completo- as empresas gastam além do salário, R$ 2371,62 com encargos atualmente.
O pesquisador observa que todos os custos são fixos e compulsórios, ou seja o governo obriga a empresa a pagar. Na prática, os encargos representam um bloqueio à expansão do emprego formal e ao aumento de salário, além de um estimulo ao emprego informal. “O Brasil fica, assim, numa situação em que os trabalhadores ganham pouco e custam muito para as empresas”, diz o especialista.