Patrocinado

Com o título “A Marra de Lula”, o Estadão discorre sobre o autoritarismo de Lula juntamente com o STF, fazendo seus interesses valerem acima de tudo, em opinativo nesta sexta-feira.

MAIS: Lula derruba a Eletrobras com pressão por cargos no conselho

A assembleia toda durou apenas 15 minutos, mas foi fruto de uma longa discussão, iniciada há quase dois anos. Em maio de 2023, a Advocacia-Geral da União ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o reconhecimento da inconstitucionalidade “parcial” da lei que permitiu a desestatização da Eletrobras, aprovada em 2021.

VEJA: Milei ganha o prêmio Economista do Ano da OEB, entidade brasileira, Haddad não é mencionado

O jornal explica que para não afrontar o Legislativo, que deu amplo apoio à proposta, o governo Lula não questionou a privatização da empresa, por meio da qual sua participação foi diluída num processo de capitalização, mas investiu contra um dos pilares do modelo escolhido para viabilizar a desestatização, conhecido como corporation, consagrado no exterior.

Nele, cada acionista tem o poder de voto limitado a 10%, independentemente do número de papéis detidos. Com pouco mais de 40% do capital social da empresa, o governo Lula tinha uma vaga e reivindicava mais duas no Conselho de Administração da companhia, alegando que sua participação havia sido reduzida de maneira desproporcional.

A Eletrobras inicialmente resistiu ao pedido e argumentou que o negócio havia sido conduzido em conformidade com a lei e a Constituição. Mas o ministro Kassio Nunes Marques, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF, em vez de rejeitar o pedido, decidiu abrir um processo de conciliação entre as partes, cujo prazo foi prorrogado diversas vezes.

VEJA: Banco Central tem lucro bilionário em 2024 e vai ajudar governo Lula que o criticou….

Para o Estadão, a companhia deve ter ponderado o quanto o governo Lula poderia prejudicá-la caso colocasse seu arsenal contra ela.

VEJA: Janja vai à Roma e gasta ao menos R$ 292 mil…

A Eletrobras (ELET3; ELET6), no entanto, não saiu de mãos abanando e conseguiu vender termoelétricas que tomavam calote da Amazonas Energia, para os irmãos Batista – uma operação que ninguém conseguiu entender até que, menos de uma semana depois, o governo Lula federal os recompensou, repassou débitos bilionários da distribuidora para as contas de luz e facilitou a compra de uma empresa agora saneada pela dupla de sorte.

Para o jornal, há coisas que não precisam ser ditas para serem compreendidas. A ata da assembleia-geral extraordinária, por exemplo, não afirma explicitamente que o assento adicional será reservado à União. O documento tampouco explica por que apenas seis dos dez membros do Conselho de Administração devem ser independentes, o que sugere que as negociações por assentos entre as partes não necessariamente acabam por aqui.

MAIS INFORMAÇÃO: Jornalista perseguido por Alexandre de Moraes afirma que “ministro é ligado ao PCC e Deep State”

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique

SAIBA: Paper Excellence busca na justiça internacional receber a empresa comprada da J&F. “Irmãos Batista usam malicioso abuso da máquina pública no Brasil”, afirma

“O governo Lula conseguiu o que queria e, de quebra, ofereceu um exemplo de que a lei está a serviço dos interesses do governo de plantão. Não poderá reclamar quando ouvir de investidores estrangeiros que o Brasil não oferece a segurança jurídica necessária para trazer seu capital ao País nem a certeza de que contratos serão respeitados“, afirma o meio de imprensa.

MAIS:Aumento do imposto do MEI é tratado por Haddad como “fake”,…

Lula, que chamou o processo de crime de lesa-pátria, convenientemente esqueceu que a companhia se comprometeu a pagar R$ 25,3 bilhões ao Tesouro Nacional em outorga no processo, cerca de R$ 32 bilhões aos consumidores para abater as tarifas de energia e que assumiu a realização de investimentos de mais de R$ 9 bilhões para recuperar bacias no Norte, Nordeste e Sudeste.

AINDA: Moraes “está prejudicando as relações diplomáticas do Brasil”,

A privatização da Eletrobras, em junho de 2022, movimentou R$ 33,7 bilhões no mercado, com o preço da ação a R$ 42. Se hoje as ações valem menos do que isso, é sobretudo pela pressão desabrida do governo Lula para retomar sua fatia na empresa na marra e sem ter de despender um centavo. Para Lula, espernear tanto valeu a pena, e os acionistas minoritários que lidem com isso a partir de agora.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada