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As ações da Eletrobras (ELET3;ELET6) tiveram uma sessão de queda nesta segunda-feira (18) de mais de 3% na sessão, com baixa de 3,60% (R$ 41,45) e de 3,12% (R$ 46,03) para os ativos PNB, com os investidores atentos a notícias conflitantes sobre a probabilidade de um possível acordo entre o governo federal e a Eletrobras na disputa pelo direito de voto, que tem mexido com os papéis desde o fim da semana passada.

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A última informação, desta segunda-feira (18), foi do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, que informou que a maioria dos conselheiros acredita que a Eletrobras deveria aumentar o número de conselheiros de 9 para 11 para acomodar o pedido do governo federal para nomear 4 membros do conselho.

Neste sentido, a ação sofreu hoje, destaca o Itaú BBA, uma vez que o banco e a maioria dos investidores esperavam que, se um acordo fosse alcançado, o governo federal nomearia 2 dos 9 membros do conselho.

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“Acreditamos que os acionistas da Eletrobras não aprovariam um acordo se a condição fosse permitir que o governo federal nomeasse 4 dos 11 membros do conselho. A Eletrobras sofreu significativamente devido ao recente fluxo de notícias, compensando a maior parte dos ganhos da melhoria no perspectivas dos preços da energia desde o início do ano”, destacou a equipe de análise do BBA.

No dia 14 de março, cabe destacar, matéria da Folha de São Paulo ressaltou, citando fontes, que as negociações entre o governo federal e a Eletrobras não avançaram, fazendo com que um acordo se tornasse improvável. Além disso, mencionou que o Supremo Tribunal julgaria então o mérito do tema.

Em 15 de março, a Eletrobras publicou fato relevante informando que as negociações no processo de mediação estão progredindo. No mesmo dia, a Advocacia Geral da União (AGU) divulgou comunicado informando que o a negociação não parou e está focada em chegar a um acordo equilibrado com Eletrobras que atenderia aos interesses do governo federal e da empresa. Também mencionou que acredita que chegar a um acordo é o melhor para sociedade brasileira.

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O ministro do STF Kassio Nunes Marques decidiu, em dezembro do ano passado, enviar à Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Federal (CCAF) o pleito do governo para aumentar sua influência na Eletrobras, depois de a privatização ter limitado a 10% o poder de voto de qualquer acionista da empresa. Foram dados 90 dias, com os trabalhos iniciando em janeiro. O prazo para a “tentativa de solução amigável entre as partes” expira na terça-feira.

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O BBA ressalta ter recentemente feito uma atualização sobre a Eletrobras, com uma visão muito construtiva dada a melhor perspectiva do preço da energia, maiores chances de um possível acordo entre a empresa e o governo federal, avaliação muito atrativa e forte geração de fluxo de caixa esperada para os próximos anos. “Seguimos com nossa visão otimista e consideramos este evento como um gatilho positivo para a ação, removendo um impacto significativo de pressão sobre as ações [overhang]”, aponta o BBA.