Enquanto produtores de arroz pedem ao governo Lula que compre o arroz que colheram para ajudar a economia do Rio Grande do Sul, após a maior tragédia da história do estado. O governo insiste em adquirir arroz importado e favorecer empresas importadoras, até porque retirou o imposto de importação do arroz.
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O cenário atual no Rio Grande do Sul é devastador em todos os aspectos. No entanto, o que já está ruim pode piorar ainda mais devido às decisões tomadas pelos governantes, como destaca o Deputado Federal Luciano Zucco (PL-RS). Ele critica veementemente a decisão do governo federal de importar um milhão de toneladas de arroz branco, um movimento que, segundo ele, demonstra um total desconhecimento da realidade agrícola do estado.
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O Deputado aponta que o Rio Grande do Sul já enfrentava três safras consecutivas com falhas na produção, agravadas por uma recente catástrofe que destruiu lavouras, casas, galpões, máquinas e estruturas de irrigação, além de causar a perda de vidas humanas e animais. Mesmo com esses desafios, 83% da área plantada já havia sido colhida antes da catástrofe, e as regiões onde a colheita foi finalizada registraram boas médias de produtividade.
Zucco argumenta que o estado colherá mais de 7 milhões de toneladas de arroz, o suficiente para abastecer o mercado nacional. Ele questiona a lógica por trás da importação de 15% do consumo anual de arroz, sugerindo que tal medida desmotiva os produtores e põe em risco a segurança alimentar do país.
Os produtores gaúchos, reconhecidos pelo uso de alta tecnologia e conhecimento em suas operações, não merecem ser tratados desta maneira. Zucco enfatiza que o arroz produzido no estado é manuseado com o máximo de cuidado, desde a colheita até a mesa do consumidor, sem intervenções que comprometam a integridade do produto final. “Os arrozeiros gaúchos não merecem esse tipo de tratamento, logo eles que empregam tanta tecnologia e conhecimento”, aponta o deputado.
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O Deputado também expressa preocupação com a qualidade do arroz importado, solicitando que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirme ou desminta informações de que o cereal não atende aos cuidados fitossanitários necessários. Ele menciona notícias de que o arroz importado teria sido produzido com fertilizantes e defensivos não autorizados pela autoridade sanitária. Além das questões sanitárias, Zucco destaca os aspectos políticos e eleitorais da importação.
Ele acusa o governo federal de gastar R$ 7,2 bilhões do orçamento federal para vender arroz subsidiado, com rótulo próprio, diretamente nos supermercados. Esse ato, segundo ele, caracteriza abuso de poder político e propaganda escancarada, reminiscentes de práticas típicas de ditaduras como a de Cuba.
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“O presidente Lula vai gastar R$ 7,2 bilhões de reais do orçamento federal para vender arroz subsidiado, tabelado, com carimbo governamental. O Palácio do Planalto virou o maior concorrente dos arrozeiros gaúchos. Um escracho, um deboche, uma completa falta de noção”, critica ele. O Deputado conclui pedindo o cancelamento imediato da compra e sugere que os recursos sejam redirecionados para o esforço de reconstrução do estado, que tanto contribuiu para a riqueza nacional. Para Zucco, a decisão do governo federal é um escracho, um deboche e uma completa falta de noção.