No início da última semana de agosto, o Ibovespa (IBOV) repetiu o feito dos dias anteriores e renovou o recorde de fechamento histórico, em termos nominais, após “pegar onda” na forte alta das ações da Petrobras.
Nesta segunda-feira (26), o principal índice da bolsa brasileira fechou o pregão com alta de 0,94%, aos 136.888,71 pontos — o novo maior nível. O recorde anterior era de 136.493,65 pontos, conquistado em 21 de agosto. Já dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,4928 (+0,24%).
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O mercado doméstico repercutiu novas declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo.
Em evento do Tribunal de Contas do Estado do Piauí, em Teresina, Galípolo reafirmou que o BC está em posição conservadora e de cautela diante de indicações de que a atividade econômica no Brasil está resiliente e mostrando bastante dinamismo, com “todas as alternativas na mesa” para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom).
Mais cedo, o Boletim Focus apontou a elevação das projeções de inflação (IPCA) para o fim de 2024 e 2025, pela sexta vez consecutiva. Os economistas preveem inflação em 4,25% neste ano e 3,93% no final do ano seguinte.
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Amanhã (27), os investidores concentrarão as atenções no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial.
Entre os ativos da B3, as ações da Americanas (AMER3) foram novamente o destaque do pregão. Como uma das maiores quedas da B3, os papéis da varejista voltaram a ser cotadas no menor patamar da história, a R$ 0,05, no dia do grupamento de ações. Os papéis ‘unidos’ devem ser negociados a partir desta terça-feira (27).
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O forte recuo também foi puxado pela notícia de que o BTG Pactual vendeu papéis da varejista, passando a ser titular de 714.588.713 ações ordinárias da companhia, o que representa 3,62% do total dos ativos em circulação. O banco mantém 463.196.695 bônus de subscrição, que dão o direito de conversão em novas ações.
Altas e baixas do dia
As ações da Petrobras (PETR4;PETR3) foram os grandes destaques do pregão desta segunda-feira (26). Os papéis da estatal ganharam impulso da forte valorização do petróleo no mercado internacional, em meio a escalada das tensões no Oriente Médio, e foram os mais negociados na B3.
Mas o responsável pelo avanço dos papéis da petroleira foi o Morgan Stanley. O banco elevou a recomendação dos recibos de ações (ADRs) da Petrobras de neutro para compra com preço-alvo de US$ 20 — o que representa um potencial e valorização de 39% em relação ao fechamento anterior.
Para os analistas do Morgan Stanley, a tese da Petrobras continua centrada no pagamento de dividendos. Eles calculam que a empresa pode pagar US$ 7 bilhões até 2025. Considerando os proventos, a ação poderia somar retorno de 60%.
Com a disparadas das ações, a companhia de petróleo ganhou mais de R$ 40 bilhões em valor de mercado.
Vale (VALE3) também ficou entre as maiores altas do Ibovespa com apoio do desempenho do minério de ferro — que atingiu o maior valor desde 13 de agosto.
O contrato mais líquido da commodity, com vencimento em janeiro, avançou 3,45%, a 750,5 iuanes (105,40 dólares) a tonelada, na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China.
Já na ponta negativa, CVC (CVCB3) liderou as perdas do principal índice da bolsa brasileira. A gestora WNT reduziu a participação do capital social para 3,34%, três dias após anunciar o aumento na posição.
Rumo (RAIL3) também ficou entre as maiores quedas do Ibovespa após atualizar a projeção de investimento em 1ª fase da Ferrovia do Mato Grosso (FMT) para entre R$ 3,8 bilhões e R$ 4,3 bilhões.
Na semana passada, o Santander também vendeu ações da Americanas que recebeu como parte do aumento de capital para cobrir parte do rombo bilionário.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street operaram sem direção única, em meio à espera por novos dados econômicos para calibrar as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve em setembro.
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Na última sexta-feira (23), o chefe do BC norte-americano, Jerome Powell, afirmou que “chegou a hora de ajustar a política monetária”, o que foi considerado um apoio explícito ao corte de juros nos Estados Unidos. A probabilidade é de 100% de redução no juros no próximo mês, com a divisão entre as apostas de corte de 0,25 pontos-base ou 50 pontos-base.
Agora, os traders veem 69,5% de chance de o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual no próximo mês, o que seria o primeiro movimento da taxa desde julho de 2023 e levaria os juros ao intervalo de 5,00% a 5,25% ao ano.
Já as apostas de corte de 50 pontos-base, levando os juros a faixa de 4,75% a 5,00% ao ano, são de 30,5%.
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Agora, os investidores aguardam o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), o índice inflacionário preferido do Federal Reserve, além da segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. Os dados calibrar as apostas sobre a magnitude do corte nos juros pelo Fed em setembro.
Confira o fechamento dos índices de Nova York:
S&P 500: -0,32%, aos 5.616,84 pontos;
Dow Jones: +0,16%, aos 41.240,52 pontos;
Nasdaq: -0,85%, aos 17.725,77 pontos.