O Ibovespa fechou em queda na volta do feriado de Corpus Christi, com os investidores reagindo à decisão do Copom de elevar a taxa de juros a 15% ao ano e aos riscos geopolíticos com a guerra entre Israel e Irã.
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O principal índice da B3 caiu 1,15% nesta sexta-feira (20), aos 137.116 pontos, a maior queda intradiária em um mês, no dia de exercício de opções. Com o resultado, o Ibovespa encerrou a semana estável. A dez dias do fim do primeiro semestre, o índice da bolsa brasileira acumula ganhos de 14% em 2025 até agora.
Já o dólar avançou 0,44% e fechou cotado a R$ 5,52, em dia de leve valorização da moeda americana frente a outras divisas. Na semana, a cotação do dólar frente ao real caiu 0,48%.
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As ações da Cosan tiveram forte queda de 9%, refletindo o impacto do aumento dos juros. Na última quarta-feira (18), o Citi reduziu o preço-alvo do papel de R$ 14 para R$ 12, o que também pesou nas negociações.
Nos Estados Unidos, a sessão pós-feriado em Wall Street também foi de queda nas ações. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,22% e o Nasdaq recuou 0,51%, enquanto o Dow Jones fechou perto da estabilidade, com alta de 0,08%.
No acumulado da semana, o Ibovespa registrou uma variação negativa de 0,05%, tendo hoje a influência de ações mais sensíveis ao ciclo econômico, como varejistas e bancos.
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A ação da Vale (VALE3), que tem forte peso sobre o Ibovespa, foi um dos destaques negativos do dia, com baixa de 2,5%.
O Ibovespa ainda foi impactado por uma piora dos índices norte-americanos, em meio a uma postura mais defensiva por parte dos investidores na véspera do fim de semana.
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A dinâmica também influenciou o dólar, que subiu 0,47%, aos R$ 5,5270. Na semana, porém, a moeda acumulou baixa de 0,26% e, no ano, recuo de 10,55%.
O volume financeiro somava R$ 20 bilhões antes dos ajustes finais, com a volta do feriado de Corpus Christi também marcada por vencimento de opções sobre ações.
No acumulado da semana, o Ibovespa registrou uma variação negativa de 0,05%, tendo hoje a influência de ações mais sensíveis ao ciclo econômico, como varejistas e bancos.
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Apesar disso, os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira, depois que os EUA impuseram novas sanções relacionadas ao Irã, marcando uma abordagem diplomática que alimentou as esperanças de um acordo negociado.
Os contratos futuros do petróleo Brent caíram US$1,84, ou 2,33%, a US$77,01 por barril. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA para julho caiu 0,28%, a US$74,93. O contrato mais líquido, de agosto, fechou a US$73,84.
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O Brent subiu 3,6% na semana, enquanto os futuros do petróleo dos EUA no primeiro mês subiram 2,7%.
A guerra comercial também seguiu no radar dos investidores. Segundo o Wall Street Journal, um funcionário dos EUA comunicou a grandes fabricantes globais de semicondutores a intenção de revogar as isenções que permitem o acesso à tecnologia americana na China — medida que, segundo fontes próximas, pode intensificar as tensões comerciais, disse o jornal.