Índia vai deixar de abastecer o mundo com arroz devido a alta de preço para população. O governo Indiana anunciou no mês passado que vai parar de exportar arroz branco não basmati para o exterior. A medida pode causar o aumento dos preços internacionais do cereal.
A medida preocupa porque o país asiático é responsável por 40% do comércio global, além de ser o segundo maior produtor de arroz do mundo. Está atrás apenas da China. Dados do Ministério do Consumidor indiano colocam o arroz branco não basmati como responsável por cerca de 25% das exportações de arroz indiano.
O veto da Índia vem devido à alta de 3% no preço do alimento no varejo local em apenas um mês, depois que chuvas pesadas causaram danos significativos às plantações nas áreas agrícolas do país.
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“Para garantir a disponibilidade adequada de arroz branco não basmati no mercado indiano e para conter o aumento dos preços do mercado interno o governo da Índia alterou a política de exportação”, afirmou o Ministério da alimentação do país.
Países como Nepal e Bangladesh podem ser diretamente afetados pela proibição por serem os principais destinos de exportação do arroz produzido na Índia.
China e países da África também podem ser atingidos e já visam a procurar fornecedores alternativos, como o Vietnã e Tailândia.
A medida mostra a preocupação do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, perante a inflação de alimentos antes das eleições gerais do ano que vem.
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Arroz alta nos preços e inflação na Índia e no mundo
Chuvas pesadas causaram danos significativos às plantações de arroz da Índia e sul da Ásia. A Índia acessou a exportação da sua principal categoria de arroz uma medida que reduzirá os embarques do grão pelo mundo e causa temor de mais inflação no mercado Internacional de alimentos.
Os preços globais do cereal têm subido constantemente desde o início de 2022. A oferta está sob pressão devido ao mau tempo no sul da Ásia além do custo do cultivo do arroz devido à alta nos preços dos fertilizantes.
O economista chefe do fundo monetário Internacional Pierre Olivier gorinchas avalia que com a proibição os preços globais do cereal podem subir até 15 % neste ano.