Indústria de alimentos cresce em meio a pandemia Covid 19

Indústria de alimentos cresce em meio a pandemia Covid 19
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Indústria de alimentos cresce em meio a pandemia Covid 19. O setor esta entre os beneficiados pela pandemia. Desta forma, a indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou crescimento de 0,8% em faturamento e 2,7% em produção física no primeiro semestre de 2020. Isto em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA).

Entretanto, os setores que obtiveram maiores benefícios no período em volume de produção, considerando o mercado interno e as exportações, foram: açúcar (+22,6%), óleos vegetais (+3,9%) e carnes (+1,9%).

Empregos

Contudo, o setor também propiciou redução no desemprego. Registrando aumento de 0,6% nas contratações diretas e formais. Gerou 10,3 mil vagas de trabalho no período. Esse aumento está associado à expansão da produção. Além da necessidade de contratação para compensar o afastamento temporário de colaboradores pertencentes a grupos de risco para a Covid-19.

A pandemia criou novos desafios a todos os setores da economia para que buscassem sobrevivência. De acordo com a ABIA o setor apresentou custo médio adicional de produção de 4,8% devido à Covid-19.

No entanto, o custo de produção industrial representa em média 58% do custo total do setor. O aumento de 4,8% neste item representa um impacto no custo total da indústria de alimentos entre 2% e 2,5%.

O reconhecimento da condição de “essencialidade” do setor, logo no início da pandemia no Brasil, por meio do Decreto 10.282, de 20 de março de 2020 foi um trunfo. A medida envolveu toda a cadeia desde a produção agropecuária até a indústria de alimentos, logística e distribuição, incluindo as atividades de transporte e fornecimento de insumos e produção.

Exportação

Entre os fatores que contribuíram para os resultados no período, são destaque a expansão das exportações e o desempenho do varejo alimentar no mercado interno. O aumento do consumo das famílias dentro dos domicílios foi um dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Isto também contribuiu para um melhor desempenho do varejo em comparação com o 1º semestre de 2019. Em contrapartida, o canal Food Service registrou queda de 29,5% nas vendas.

Entretanto, no quesito exportação a China é a campeã. Além da China, os países que mais importaram do Brasil foram Hong Kong e Holanda. No semestre, a indústria de alimentos e bebidas obteve um saldo comercial positivo em 15,3 bilhões de dólares. Algo 15,9% superior ao desempenho do 1º semestre de 2019. A contribuição do setor para o saldo geral da balança comercial brasileira alcançou o patamar recorde de 68,2% do total.

A associação criou e disponibilizou para todas as indústrias de alimento, um Guia de Boas Práticas reforçando as diretrizes de segurança no enfrentamento à Covid-19. Além de reforçar os procedimentos e prevenção a serem aplicados dentro e fora das fábricas.

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