Indústria pode aumentar produtividade em até 40% com melhor uso de dados, afirma especialista. De acordo com Peter Terwiesch, presidente de negócios de automação industrial da ABB, “pelo menos” 80% dos dados gerados não estão sendo utilizados pelas empresas.
Entretanto, durante a pandemia de coronavírus, a demanda por serviços prestados remotamente da ABB cresceu, afirmou ele. Em outubro, a empresa lançou seu produto “Adaptive Execution”, que usa virtualização para reduzir o tempo de engenharia gasto no local, o que Terwiesch disse que ajudaria a reduzir custos em um comunicado da época.
O executivo ainda mencionou que a manufatura discreta, produção de itens acabados como smartphones ou brinquedos – é uma área que se destaca.
O que é preciso é basicamente organizar os dados, porque muitas vezes os dados estão em sistemas muito diversos. Segundo ele, geralmente sistemas legados, formatos muito diferentes, nem todos prontos para consumo imediato. As informações foram dadas a Squawk Box Europe, da CNBC.
Contudo, a ABB é uma multinacional que desenvolve tecnologias e produtos para eletrificação, robótica, automação industrial e redes elétricas. No Brasil, a ABB possui uma fábricas em Blumenau, Guarulhos e Osasco.
Ainda reforçando a ideia, ele explicou que quando você não consegue o que deseja, precisa melhorar o uso do que tem. Então, se você não pode levar as pessoas ao local. “E você não pode entregar equipamentos adicionais em termos de aumentar sua capacidade. Você tem que melhorar o uso do que você tem, que são seus dados, que é conectividade remota ”.
No entanto, ele aproveitou para fazer um contra ponto. “Em alguns setores, por exemplo, se você olhar para a manufatura discreta, a densidade dos robôs industriais varia muito por país e Cingapura, Japão ou Coreia do Sul, mas também na Alemanha, por exemplo, eles são todos bastante automatizados na manufatura discreta. Segundo ele, estes são espaços para melhoria da indústria em vários países.