Patrocinado
Início Governo Lula 3 InterCement com dívida bilionária a Bancos e CSN pede recuperação extrajudicial

InterCement com dívida bilionária a Bancos e CSN pede recuperação extrajudicial

CSN tem lucro bilionário no terceiro quebra queixo

Depois de quatro meses e meio de negociações com bancos e com a CSN (CSNA3) em busca de uma saída para suas dívidas, a InterCement protocolou nesta segunda-feira, 16, um plano de recuperação extrajudicial na Justiça paulista.

De acordo com o documento entregue à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e obtido pelo Estadão/Broadcast, a dívida reestruturada pelo plano soma em seu total R$ 22 bilhões e o plano teve a adesão de 45,67% dos créditos sujeitos, representado somente por Itaú Unibanco e Bradesco. O pedido já foi deferido pelo juiz e as cobranças suspensas por 120 dias, acrescentaram as fontes.

MAIS: Flávio Dino autoriza governo Lula gastar fora da meta fiscal para combater incêndio

Em fato relevante, a companhia informou que obteve adesão de parte significativa de seus credores em plano de recuperação extrajudicial, ou seja, de mais de um terço dos créditos sujeitos à recuperação extrajudicial. A companhia diz também, no fato relevante, que mantém negociações para alienação de participações societárias, ativos e operações para um terceiro investidor, o que está em fase de discussão avançada e é uma das condições para a eficácia do plano.

LEIA: Mais de 1,5 milhões de brasileiros já assinaram petição para impeachment de Moraes

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

AINDA: STF retira sigilo de contas bancárias dos brasileiros e “viola garantia constitucional de sigilo bancário”

No pedido entregue por Munhoz Advogados, a InterCement acrescenta que o plano não engloba a Mover, controladora da InterCement, que, “embora tenha integrado a mediação e o pedido de tutela cautelar, alcançou uma solução consensual, de forma bilateral, com o seu único credor financeiro abrangido pela tutela cautelar, o Bradesco BBI”. O desfecho acontece após 60 dias de uma última tentativa de negociação anunciada pela empresa, em câmara de mediação.

SAIBA: Banco Central aponta erro de cálculo do Ministério da Fazenda e rombo das contas pública é mais de R$40 bilhões superior ao apontado por Haddad

R$ 12,8 bi dentro do grupo

Em seu pedido, a InterCement detalha que R$ 12,8 bilhões do total de R$ 22 bilhões da dívida a ser reestruturada corresponde a empréstimos feitos entre as companhias do grupo.

De acordo com o documento entregue à Justiça e obtido pelo Estadão/Broadcast, são credores com garantia real o Bradesco (R$ 716 milhões), o Itaú (R$ 906 milhões) e o Banco do Brasil (R$ 687 milhões), sendo ainda os mesmos bancos credores quirografários com créditos ao redor de R$ 1 bilhão. No total, os bancos tem R$ 5,9 bilhões a receber da InterCement, sendo que R$ 2,3 bilhões são garantidos por penhor das ações da Loma Negra. A dívida com os bancos foi por meio de debêntures.

Banco do Brasil, assim como os detentores de títulos de dívida emitidos no exterior (bondholders), não aderiram ao plano de reestruturação. Os bondholders têm dívidas quirografários no montante de R$ 3,1 bilhões contra o grupo.

MAIS: Projeção da inflação tem nova alta para o mercado

Na petição, o escritório Munhoz Advogados, que representa a empresa, afirma que a InterCement está engajada em conversas com BB e bondholders para chegar aos 50% mais 1 necessários para que o Juiz homologue o plano de reestruturação extrajudicial. A companhia tem 90 dias para obter esse quórum. Para fazer o pedido, o exigido pela lei é de aprovação de um terço dos credores. No caso, o plano foi acordado com Bradesco e Itaú.

SAIBA: Banimento do X por Moraes vai derrubar credibilidade do governo Lula, afirma representante da Shein no Brasil

As negociações antes do pedido

Ao longo dos últimos meses, a InterCement focou suas conversas junto aos bancos, que acabaram envolvendo a CSN, única que restou interessada em ficar com a cimenteira em um processo de venda aberto pela sua controladora, a Mover. De um lado, as negociações foram se afunilando à medida que a Mover tentava, nas mesmas conversas, uma solução para uma fatia que tem na CCR, mas que foi dada em garantia ao Bradesco.

Do outro, a CSN foi encontrando contingências diversas na InterCement, que serão cobradas no futuro, e poderiam comprometer promessas feitas ao mercado pela siderúrgica de reduzir sua alavancagem financeira. A CSN teria oferecido cerca de R$ 10 bilhões pela InterCement.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada

SEM COMENTÁRIOS

Sair da versão mobile