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O índice S&P 500 avançou nesta quinta-feira (19), marcando novo recorde de fechamento, um dia depois que o Federal Reserve cortou os juros em 50 pontos-base e indicou que mais cortes na taxa básica estão no horizonte. Já no Brasil a insegurança fiscal e jurídica ditam o ritmo.

Ações de peso que desfrutaram de grande parte da alta do mercado acionário deste ano obtiveram novos ganhos, com a Tesla subindo mais de 7%, enquanto a Apple e Meta avançaram quase 4% cada uma.

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A Nvidia, uma potência da inteligência artificial, saltou 4%, ajudando a elevar o índice Philadelphia de semicondutores em 4,3%.

Dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos melhores do que o esperado estimularam ainda mais o apetite global por risco.

Na quarta-feira (18), o Fed anunciou um corte na taxa de juros no limite superior das expectativas e disse que tem mais confiança de que a inflação estava sob controle. O chair do Fed, Jerome Powell, disse que a economia dos EUA continua forte e que o banco central norte-americano decidirá sobre o ritmo apropriado de futuros cortes na taxa básica.

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“O Fed sancionou um quadro econômico bastante forte e, portanto, estamos apenas vendo o dinheiro fluir de volta para alguns dos setores que talvez tenham tido um desempenho inferior até agora neste trimestre”, disse James Ragan, Diretor de Pesquisa de Gestão de Riqueza da D.A. Davidson.

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O índice Russell 2000 de small-caps subiu 2,1%, já que juros mais baixos aumentaram as perspectivas de redução dos custos operacionais e maiores lucros.

O S&P 500 subiu 1,70%, para 5.713,64 pontos e o Dow Jones avançou 1,26%, para 42.025,19 pontos, seus maiores fechamentos de todos os tempos. O índice de tecnologia Nasdaq subiu 2,51%, para 18.013,98 pontos.

Dos 11 índices setoriais do S&P 500, oito subiram, liderados por tecnologia da informação, com alta de 3,08%, seguido por um ganho de 2,2% em consumo discricionário.

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Ibovespa na contramão do exterior

O Ibovespa fechou com um declínio discreto nesta quinta-feira, descolado de Wall Street, com Brava Energia (BRAV3) despencando mais de 9% após estimar o retorno da produção do campo de Papa Terra para o começo de dezembro, enquanto Vale (VALE3) avançou em torno de 1%, sendo um contrapeso relevante.

Investidores continuaram repercutindo eventos da véspera, quando o Federal Reserve cortou os juros nos Estados Unidos pela primeira vez em mais de quatro anos, em 0,5 ponto percentual, e o Banco Central elevou a Selic para 10,75% ao ano.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,47%, a 133.122,67 pontos, após os ajustes finais, na mínima do dia, depois de ter avançado a 134.758,76 pontos na máxima, com as operações também afetadas negativamente pela alta na curva de juros doméstica.

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A insegurança jurídica e fiscal no Brasil ajusta investidores que entendem o país como altíssimo risco e totalmente especulativo.

O volume financeiro somou R$ 22,05 bilhões antes dos ajustes finais.

BRAVA ENERGIA ON (BRAV3) fechou negociada em baixa de 9,4%, após atualizar expectativa de retorno da produção do campo de Papa Terra para o início de dezembro de 2024. A produção foi interrompida no dia 4 de setembro a pedido da ANP.
VALE ON (VALE3) avançou 1,2%, conforme os futuros do minério de ferro na China avançaram nesta sessão, com o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrando as negociações do dia com alta de 1,69%.
PETROBRAS PN (PETR4) subiu 0,33%, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent LCOc1 fechou o dia negociado com elevação de %. No setor, PRIO ON PRIO3.SA terminou com acréscimo de 1,67%.
ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) recuou 0,27%, em uma sessão com o sinal negativo prevalecendo entre os bancos do Ibovespa. BRADESCO PN (BBDC4) caiu 1,38%.

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MARFRIG ON (MRFG3) valorizou-se 4,32%, em dia de recuperação em boa parte do setor na B3, após terminar a quarta-feira entre os destaques negativos do dia. BRF ON (BRFS3), que tem a Marfrig como maior acionista, subiu 4,2%.
SÃO MARTINHO ON (SMTO3) valorizou-se 1,05%, endossado por relatório do JPMorgan elevando a recomendação dos papéis a “overweight”, com os analistas citando valuation atrativo e visão positiva para os preços de açúcar e etanol.
BRASKEM PNA (BRKM5) cedeu 3,49%, após forte valorização na véspera, apesar da decisão do governo federal de atender a pleitos do setor e elevar por 12 meses tarifas de importação sobre determinados produtos químicos.
AGROGALAXY ON (AGXY3), que não faz parte do Ibovespa, desabou 25,51%, ampliando as perdas da véspera, quando anunciou perto do fechamento do pregão ter pedido recuperação judicial. Na quarta-feira, as ações terminaram em queda de 13,27%.

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