O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta quarta-feira (9), que “só há uma força no mundo que luta contra o Irã”, referindo-se ao Estado judeu, que ainda prepara sua retaliação à República Islâmica pelo ataque lançado em 1º de outubro contra seu território.
Em um encontro com uma delegação da conferência de presidentes das principais organizações judaicas dos Estados Unidos, Netanyahu reiterou a ideia de que Israel está travando “a guerra do mundo livre”.
LEIA: “Moraes tortura ex-deputado Daniel Silveira com progressão de pena fake”, afirma defesa
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
– Nós dificultamos a conquista do Oriente Médio. Eles querem escravizar o mundo e nos devolver à Idade Média – alertou o chefe do governo, que defende que Israel é uma espécie de muro de contenção entre Irã e Ocidente.
Essas declarações surgem em plena escalada das tensões entre Israel e a República Islâmica, após este ter atacado o Estado judeu com quase 200 mísseis balísticos em 1º de outubro, em uma operação que deixou um morto no território palestino da Cisjordânia – um homem sobre quem caíram os restos da interceptação de um dos projéteis.
O Irã respondia assim à recente morte do líder do grupo terrorista Hezbollah no Líbano, Hasan Nasrallah, devido a um bombardeio israelense contra Beirute, bem como à do antigo líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã que Israel nunca reivindicou ou desmentiu a autoria.
Na tarde desta quarta, Netanyahu deverá falar por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir o ataque iminente de Israel à República Islâmica.
A imprensa israelense afirma que o primeiro-ministro israelense adiou a viagem de seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, aos EUA até que esta ligação seja realizada.
O papel de Biden seria tentar moderar a resposta israelense, evitando um ataque às refinarias de petróleo iranianas ou instalações nucleares, embora a comunicação entre EUA e Israel tenha sofrido desde que o Estado judeu iniciou sua campanha de bombardeios no Líbano.
Desde que Hezbollah e Israel iniciaram uma troca de tiros diária em 8 de outubro do ano passado, quando o grupo pró-Irã se solidarizou com a população de Gaza, cerca de 2,1 mil pessoas perderam a vida no Líbano, a maioria nas últimas duas semanas.