Depois de contratar Madonna para estrelar a campanha publicitária dos 100 anos, o Itaú Unibanco (ITUB4) registrou lucro líquido recorrente de R$ 35,6 bilhões no ano passado, alta de de 15,7%.
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Desse total, o Itaú vai distribuir R$ 21,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas. Esse valor representa um percentual de distribuição (payout) de 60,3%.
Especificamente no quarto trimestre de 2023, o lucro do Itaú atingiu R$ 9,401 bilhões. Trata-se de uma alta de 22,6% na comparação com o mesmo período de 2022 — que sofreu os impactos do calote da Americanas.
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Ainda resta saber se o balanço vai agradar aos críticos do mercado financeiro. Mas vale dizer que o resultado ficou pouco acima das projeções dos analistas, que apontavam para um lucro de R$ 9,373 bilhões, de acordo com as estimativas que o Seu Dinheiro compilou.
Com o lucro maior, a rentabilidade (ROE, na sigla em inglês) do Itaú atingiu 21,2%, acima dos 19,3% do quarto trimestre de 2022. Assim, ficou mais uma vez bem à frente do Santander, que registrou um ROE de 12,3%, mas abaixo do BTG Pactual, cuja rentabilidade foi de 23,4% no 4T23.
Lembrando que Bradesco e Banco do Brasil divulgam os resultados ainda nesta semana.
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Cobranças de tarifa derrubam resultado
As receitas de prestação de serviços e o resultado de seguros do Itaú cresceram 8% no quarto trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 13,5 bilhões.
Por um lado, a queda de 6,3% nas receitas com a cobrança de tarifas na conta corrente pressionou o resultado. Mas ele foi mais que compensado pelo ganho maior com seguros e cartões.
Enquanto isso, as despesas operacionais do Itaú avançaram 5,4% em relação aos últimos três meses de 2022 e somaram R$ 15,3 bilhões.
Em um cenário de juros altos e aumento dos calotes, o Itaú pisou no freio do crédito em 2023. O saldo da carteira de empréstimos do banco encerrou 2023 em R$ 1,176 trilhão, um avanço de apenas 3,1% no ano.
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O resultado ficou abaixo da projeção (guidance) do banco, que previa uma expansão de pelo menos 5,7% em 2023.
Por outro lado, a estratégia mostrou resultados do lado da inadimplência. Isso porque o índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco encerrou o quarto trimestre de 2023 em 2,8%, um recuo de 0,2 ponto percentual no trimestre e de 0,1 ponto em 12 meses.
Com isso, o banco conseguiu controlar as despesas com provisões para calotes. O chamado custo de crédito recuou 6,7% em relação aos últimos três meses de 2022 e 1,2% no trimestre, para R$ 9,1 bilhões.
Para este ano, o Itaú espera emprestar mais. O guidance de 2024 projeta uma expansão entre 6,5% a 9,5% na carteira de crédito — ou seja, ainda na casa de um dígito.
Mesmo com o ritmo mais lento no crédito, o Itaú conseguiu ampliar a margem financeira em 8,6% em relação ao quarto trimestre de 2022. O resultado que inclui as receitas na concessão de financiamentos menos os custos de captação atingiu R$ 27,1 bilhões nos últimos três meses de 2023.
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