A JBS (JBSS3) dos irmãos Batista aprovou ontem (23) um novo plano de recompra de até 113,4 milhões de ações, representando cerca de 10% das ações em circulação. A companhia comentou que o objetivo é maximizar a geração de valor para os acionistas e melhorar a administração da estrutura de capital.
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O Goldman Sachs avalia o anúncio como positivo para as ações do frigorífico, pois reafirma a convicção da administração na tese da empresa, ao mesmo tempo que pode levar a uma estrutura de controle mais simplificada antes de sua potencial listagem nos EUA.
Também na segunda-feira, o portal NeoFeed informou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) planeja potencialmente vender entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões de sua participação na JBS, o equivalente a 54% a 68% de sua participação na empresa ou 11,3% a 14,2% do valor de mercado atual da JBS.
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Posteriormente, o banco negou que haja qualquer iniciativa para a venda de sua participação na gigante de alimentos. O banco estatal de fomento frisou ainda, em nota à reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que desautoriza “quaisquer instituições financeiras mandatadas a falarem em seu nome”.
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De dezembro de 2021 a abril de 2022, o BNDES desinvestiu 140 milhões de suas ações da JBS por meio de 3 blocos de negociação, a um preço médio de R$ 37,90. A JBS participou desses blocos, recomprando de 45% a 100% das ações oferecidas pelo BNDES.
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Considerando os dividendos pagos pela JBS de maio de 2022 até a data (totalizando R$ 5,0 por ação, em termos nominais), os preços efetivos realizados do BNDES nesses 3 blocos teriam variado de R$ 31,6 a R$ 32,6 por ação, em comparação com o último fechamento da JBS de R$ 31,8.
Já a Genial Investimentos comentou que poderia haver uma correlação entre a potencial venda de participação do BNDES e recompra de ações por parte da JBS. Ou seja, segundo a Genial, a companhia poderia neutralizar, através do programa de recompra, parte de uma eventual queda no preço da ação, que, por sua vez, seria consequência do despejo de oferta do papel pela venda de participação do BNDES.