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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e entidades representativas da indústria brasileira comemoraram a aprovação do projeto de lei que estabelece um imposto de importação de 20% sobre as compras do exterior até US$ 50, medida considerada impopular pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mas fortemente pressionada pelo setor produtivo.

O voto dos deputados foi secreto, assim a sociedade não tem como saber quais deputados votaram para impor mais imposto à sociedade, especificamente aos mais pobres. O Partido Novo pediu voto nominal e foi vencido, o Partido Novo pediu a redução de imposto das empresas nacionais e não o aumento de imposto das internacionais.

O líder do governo Lula, deputado José Guimaraes pediu a votação secreta para que a sociedade não soubesse que está a favor da taxação. E afirmou: “tem acordo senhor presidente, o novo não tem número para pedir votação nominal”. Então o presidente da Câmara Arthur Lira, o repreendeu por tornar pública a jogada de Lula: “deputado Guimarães, o que o senhor está dizendo não se fala no microfone”. (VEJA VÍDEO NO FINAL DA MATÉRIA)

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Logo após a votação na noite de terça (28) e nas primeiras horas da manhã desta quarta (29), Lira afirmou que a taxação vai ajudar na criação de empregos na indústria e no comércio nacional, além de garantir espaço para os produtos brasileiros.

“Com o entendimento e aprovação de um imposto sobre compras em sites estrangeiros, garantimos espaço para o produto nacional, feito aqui por brasileiros com qualidade. Mais empregos na indústria e no nosso comércio”, afirmou. O projeto agora segue para análise do Senado.

É certo por analistas que o que deve ser feito é reduzir impostos para a indústria nacional e não aumentar tributos para a população. Visto que a indústria nacional não vende porque a população não consegue pagar o preço.

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A decisão de pautar a votação na Câmara ocorreu após uma reunião de meia hora com Lula para negociar a taxação. O presidente havia se mostrado contrário ao imposto, mas a cobrança dividiu setores econômicos do governo. “Todos os partidos entenderam que a taxação na volta dos 20% no imposto de importação daria o equilíbrio para a manutenção do emprego de milhares de pessoas que labutam todos os dias”, completou Lira.

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Já entre os representantes do setor produtivo, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex) e o Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) emitiram uma nota conjunta elogiando a decisão da Câmara como um “importante avanço no debate sobre a necessária busca de isonomia tributária”. As entidades destacaram que a mudança contribui para equilibrar as condições entre o Programa Remessa Conforme das plataformas internacionais e os impostos pagos pelo varejo e pela indústria nacionais.

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Apesar de considerar a aprovação um passo positivo, as entidades ressaltaram a necessidade de abordar outras questões relacionadas ao e-commerce internacional. “Há ainda que se garantir que a Receita Federal tenha meios de coibir as fraudes, como o subfaturamento do preço declarado de venda e o fracionamento da entrega das mercadorias, com vistas a se beneficiar de redução de alíquota prevista para valores até US$ 50”, afirmaram.

“Há ainda que se equalizar os privilégios e prazos aduaneiros previstos dentro do Programa Remessa Conforme, uma vez que não há por que se conceder nenhum tipo de privilégio para os sites estrangeiros em relação ao setor produtivo nacional”, completaram.

As entidades aproveitaram para agradecer a Lira, ao relator Átila Lira (PP-AL) e aos deputados que apoiaram o projeto de lei. A mudança, dizem, representa um esforço conjunto para fortalecer a competitividade do varejo nacional frente às importações, corrigindo distorções no sistema tributário que favoreciam plataformas internacionais.

Lula também não comentou a aprovação do projeto.

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A primeira-dama Janja Lula da Silva ainda não se pronunciou sobre a aprovação. No ano passado, quando surgiu a proposta de taxação, ela convenceu Lula a derrubar essa possibilidade e representou a primeira derrota ao ministro Fernando Haddad, da Fazenda, alegando que não havia caído bem na opinião pública.

Foi a partir disso que surgiu o programa Remessa Conforme, que determinou uma série de regras para as varejistas estrangeiras venderem no Brasil.

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