Lucro reportado pela B3 tem redução de quase 10% no trimestre. O lucro líquido recorrente da B3 (B3SA3) atingiu R$ 1,258 bilhão no quarto trimestre de 2021 (1T22), uma diminuição de 7,2% ante igual período do ano passado. Os resultados financeiros foram divulgados nesta quinta-feira (12).
De acordo com nota ao mercado, a queda do lucro líquido recorrente da B3 foi causada pelo aumento de 29,5% nas despesas de janeiro a março. Já o lucro líquido contábil foi de R$ 1,1 bilhão, baixa de 12,3%. “A queda na receita total é explicada, principalmente, pela baixa na receita dos segmentos Listado e Infraestrutura para financiamento, apesar do crescimento nos demais segmentos”.
Desta forma, o lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda recorrente da B3 caiu 11,5%, para R$ 1,7 bilhão. A margem Ebitda recorrente foi de 75,4%, uma queda de 766 bps.
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E assim, a receita total da B3 foi de R$ 2,5 bilhões, recuo de 4,6% ante o mesmo período do ano passado, impactada pela queda na receita dos segmentos “Listado” (-10,4%) e “Infraestrutura para financiamento” (-10%).
Já a receita líquida da Bolsa brasileira encolheu 4,7%, para R$ 2,2 bilhões, mas subiu 4,8% ante o trimestre imediatamente anterior.
Contudo, o resultado financeiro da B3 foi positivo em R$ 229 milhões, revertendo prejuízo financeiro de R$ 43,8 milhões do primeiro trimestre de 2021.“Esse aumento é explicado pelo alta da taxa de juros e pelo avanço do caixa pelas emissões de dívidas feitas no mercado nacional e internacional (debêntures de R$ 3,0 bi e bond de US$ 700 mi) em maio e setembro de 2021, respectivamente”, afirmou a companhia.
E assim, o patrimônio líquido no final de março estava em R$ 21,8 bilhões, composto, principalmente, pelo capital social de R$12,5 bilhões e pela reserva de capital de R$7,9 bilhões.
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No entanto, no segmento Listado, o volume financeiro médio diário negociado no mercado à vista de ações (ADTV) totalizou R$ 31,1 bilhões, queda de 15,3%. No segmento de derivativos listados, o ADV totalizou 3,7 bilhões de contratos, também em linha com o resultado de um ano antes, com -1,1%.
Entretanto, a B3 encerrou março com ativos totais de R$ 50,7 bilhões, queda de 3,4% frente a dezembro. As disponibilidades e aplicações financeiras (circulante e não-circulante) totalizaram R$ 21,2 bilhões. De acordo com a bolsa, a posição de caixa inclui R$ 302,6 milhões em juros sobre o capital próprio e R$ 783,3 milhões em dividendos referentes ao quarto trimestre, ambos pagos em abril.