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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou um decreto na sexta-feira (24) detalhando a composição da nova Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, que tem status de ministério. A estrutura inclui 18 cargos de confiança e será coordenada de Brasília por Paulo Pimenta, que manterá seu gabinete no Palácio do Planalto.

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A secretaria terá uma sede operacional em Porto Alegre e vai promover estudos técnicos e parcerias com a sociedade civil. O ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), contudo, deverá trabalhar distante das áreas afetadas pela tragédia no RS.

O decreto também prevê a transferência de cargos comissionados e funções de confiança de outras secretarias do governo para a nova estrutura. Entre os nomeados para apoiar Pimenta estão o ex-deputado federal Marco Maia (PT-RS), que já presidiu a Câmara entre 2010 e 2013.

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Nos 17 meses em que chefiou a Secom, Pimenta foi alvo de críticas até mesmo de aliados do governo, por causa de episódios como o fracasso da live semanal de Lula e a licitação da Secom sob suspeita. Além disso, o ministro vem sendo criticado pela oposição por sua insistência em pedir para investigar críticos do governo no contexto da tragédia.

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Lula cria ministério que mantém milhares sem energia e aulas no Rio Grande do Sul

Quase um mês após a primeira chuva forte, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta as consequências da tragédia. Neste domingo (26), o governo anunciou que 12% dos estudantes de escolas estaduais pouco mais de 91 mil seguem sem previsão de retorno às aulas, e 100 mil pontos continuam sem luz.

Segundo a gestão Eduardo Leite (PSDB), dos 781 mil alunos matriculados na rede, 500 mil (67%) já voltaram às unidades de ensino. Outros 155 mil (21%) ainda não retornaram, mas devem fazer isso a partir desta segunda-feira (27).

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No total, 2.340 escolas de 250 municípios foram fechadas nas últimas semanas. Delas, 1.752 (75%) reabriram. Algumas servem de abrigo, dificultando a realização de aulas.

Devido à previsão de mais chuvas, o governo gaúcho suspendeu as atividades em escolas estaduais de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande nesta segunda (27) e terça-feira (28). As prefeituras dessas três cidades também cancelaram aulas na rede municipal. Na capital, escolas privadas ficarão fechadas.

O Rio Grande do Sul deve ter um início de semana chuvoso, segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Em meio a isso, o estado ainda registra mais de 100 mil pontos sem energia elétrica, de acordo com boletim divulgado pelo governo neste domingo. A distribuição é feita pelas empresas CEEE Grupo Equatorial e RGE Sul, que pertence à CPFL Energia. Os serviços ofertados pela CEEE Grupo Equatorial não estão funcionando em 43.646 pontos, abarcando 2,2% do total de clientes da empresa.

Em comunicado público feito na quinta-feira (23), a CEEE apontava que 33 mil clientes estavam sem energia elétrica somente na cidade de Porto Alegre em 31 mil casos, os desligamentos ocorreram por motivos de segurança, e atendendo a pedido da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e da prefeitura.

A empresa diz que opera dia e noite visando “alinhar ações conjuntas para minimizar riscos e restabelecer a energia elétrica dos gaúchos com a máxima agilidade e segurança”. O grupo atua em 72 municípios das regiões Metropolitana, Sul, Centro-Sul, Campanha, Litoral Norte e Litoral Sul e tem quase 1,8 milhão de clientes.

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Já a empresa RGE Sul, que atende em 381 municípios, está com cerca de 68 mil pontos sem energia elétrica (2,2% do total de clientes), segundo o governo estadual. No pior momento da tragédia, o serviço chegou a ser interrompido para 315,2 mil clientes, afirmou a RGE.

Em nota, a distribuidora informou que as regiões mais afetadas são a Metropolitana (46 mil), o Vale dos Sinos (16,1 mil), o Taquari (4 mil) e o Rio Pardo (2,6 mil).

A RGE diz trabalhar para normalizar o fornecimento no menor tempo possível, mas destaca desafios, como bloqueios de estradas estaduais e federais, que impedem o tráfego de veículos, como caminhões de grande porte carregados com postes, transformadores e outros equipamentos.

Além da falta de energia elétrica, clientes da operadora Vivo em alguns municípios enfrentam problemas com serviços de telefonia e internet, segundo o governo estadual. Tim e Claro estão com os serviços normalizados.

“No entanto, todos os clientes da empresa dessas regiões seguem com cobertura dos serviços garantidos, por meio do serviço de roaming, habilitado com outras operadoras, gratuitamente. Para usar a tecnologia, é preciso ativar nos aparelhos celulares a opção Roaming e Seleção Automática de Operadora”, diz a empresa.

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Mais de 600 mil pessoas seguem desabrigadas no estado, sendo que Paulo Pimenta prometeu casas a todos já se passaram 15 dias aem um plano para a promessa.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou neste domingo mais três mortes causadas pelas fortes chuvas no estado, totalizando 169 óbitos. O número tende a aumentar nos próximos dias, ainda havendo 56 desaparecidos. São ainda 806 feridos.

No total, 469 municípios foram afetados, 55.813 pessoas continuam desabrigadas e 581.638 foram desalojadas. Conforme o governo gaúcho, 77.711 pessoas foram resgatadas.

O nível do lago Guaíba continuou acima dos 4 m durante o fim de semana. No fim da tarde deste domingo, ele chegou a 4,04 m às 17h15 no cais Mauá, em Porto Alegre, onde a cota de inundação é de 3 m.

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