Servidores públicos federais estão intensificando a pressão sobre o governo Lula para obter reajustes salariais. Representantes de várias entidades sindicais, incluindo a CUT e fóruns como Fonacate e Fonasefe, se reuniram na esta sexta-feira (12), com o objetivo de discutir estratégias e orientações para futuras assembleias.
SAIBA: Ex-cabeleireira de Dilma é contratada no governo com salário superior a R$11 mil por mês
A insatisfação do funcionalismo público se deve à proposta do governo, formalizada em 21 de dezembro, que não atendeu às principais demandas da categoria. Enquanto a Polícia Federal e Rodoviária tiveram reajustes superiores a 24%, bem acima do reajuste de salário mínimo oferecido á população, que banca os impostos e todo o governo e funcionalismo público.
LEIA: Suprema Corte ignora milicias digitais ligadas a governistas que causou morte de jovem
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.
SAIBA: Primeiro ano de Lula apresenta 2º maior déficit da história do setor público
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), “a resposta não contemplou as reivindicações mais urgentes do funcionalismo, a maioria com congelamento salarial de quase uma década e perdas que superam 30%.”
As entidades sindicais, representando a maioria dos servidores do Executivo Federal, realizarão assembleias até o dia 20 para decidir sobre a resposta ao governo. A expectativa é de que haja uma posição firme em relação à demanda por reajustes salariais imediatos.
AINDA: STJ revoga prisão de membro do PCC preso na Bolívia
Sérgio Ronaldo, secretário-geral da Condsef, expressou descontentamento com a postura do governo, enfatizando a urgência de uma recomposição salarial: “Nós temos urgência. Queremos que nossa remuneração seja atendida agora, para já, em 2024.” Em resposta, o Fonacate apresentou uma contraproposta ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sugerindo um reajuste salarial em três parcelas nos próximos anos.
MAIS: BlackRock aporta mais de US$ 12 bilhões para se tornar a 2º maior gestora de infraestrutura do mundo
A proposta do governo, por outro lado, focou na ampliação de benefícios a partir de 2024, sem previsão de aumento salarial. Foram propostos reajustes nos vales alimentação, subsídio de saúde suplementar e auxílio-creche, mas sem aumento direto nos salários.