Patrocinado

A família Trajano, controladora da companhia, irá subscrever R$ 1 bilhão das novas ações. O BTG se comprometeu a comprar o que sobrar dos R$ 250 milhões em ações restantes. Os acionistas minoritários poderão manter sua participação proporcional ao exercerem a preferência de compra das novas ações.

VEJA: Sucesso das ações de empresas estreantes na Bolsa nos últimos anos é inferior a 22%, com IPOs

O conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), em reunião realizada na última sexta, aprovou um aumento de capital privado na ordem de R$ 1,25 bilhão, totalmente garantido pelos acionistas controladores (família Trajano) e pelo BTG Pactual, informou a varejista em fato relevante divulgado neste domingo (28).

O aumento de capital contempla emissão para subscrição privada de 641.025.641 ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 1,95 por ação, segundo a companhia.

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

MAIS: Lula ressuscitou ideias da trevosa era petistas e flerta com desastre, afirma Estadão

O preço por ação fixado levou em consideração o preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações de emissão da companhia negociadas no dia 26 de janeiro de 2024 (R$ 2,05 por papel) e um desconto de aproximadamente 5%.

Para analistas, há um lado positivo na participação dos controladores no aumento de capital com R$ 1bi. “Reconhecemos a necessidade de a companhia readequar a sua estrutura de capital e o aumento de capital contribui para isso”, explica a corretora.

No entanto, por outro lado, avalia negativamente o aumento de capital ocorrendo em momento após forte queda das ações da companhia nos últimos anos. Existe uma visão mais cética em relação à MGLU3.

VEJA: PF avança sobre Carlos Bolsonaro, após Live da família com mais de 450 mil pessoas simultâneas

Já em 2021 a Magalu injetou quase R$ 4 bilhões no caixa via emissão de novas ações feita na época. Foram 175 milhões de papéis a um preço de R$ 22,75 cada um.

Agora serão emitidas entre 608 milhões e 641 milhões de ações, a um preço de R$ 1,95 cada uma, 5% abaixo dos R$ 2,08 do fechamento de sexta (26). O que mudou de lá para cá? A disparidade no preço das ofertas simboliza o tombo das ações do Magalu de 2021 para 2024.

Ela, assim como as outras varejistas, foram impactadas pela alta de juros, que atinge com maior força as empresas voltadas ao consumo da população.

No meio do caminho ainda teve a crise da Americanas e a presença cada vez maior de rivais asiáticas no mercado brasileiro. Existe ainda, o boicote a empresa promovido por aquele que não gostaram do posicionamento de Luiza Trajano, apoiando Lula incondicionalmente. Trajano fez parte da equipe de transição do governo Lula e inclusive criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

MAIS: Fusão entre Vibra e Eneva é um abacaxi para se livrar, afirma Barsi

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada