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A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (29) mandados de busca e apreensão para avançar na investigação sobre a atuação da chamada “Abin Paralela” no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Um dos alvos é Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente. Nessa nova ação, a PF mira pessoas que foram destinatárias das informações produzidas de forma ilegal pela agência de inteligência do governo federal.

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Além de Carlos, os policiais também investigam suposto uso da agência para favorecer Flávio e Jair Renan. Em live neste domingo ao lado dos filhos Flávio, Carlos e Eduardo, Bolsonaro negou que tenha criado uma “Abin paralela” para espionar adversários.
Carlos ainda não se manifestou sobre a operação desta segunda-feira.

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Ação é um desdobramento das operações Vigilância Aproximada, deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (25), e da Última Milha, realizada em outubro de 2023.

Ambas operações envolvem o uso do software espião FirstMile pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que já existia antes do governo Bolsonaro, mas é tratado pela PF como se fosse algo criado pelo governo Bolsonaro.

A PF investiga se a agência utilizou o software de geolocalização e se produziu relatórios sobre ministros do STF, políticos e outros adversários do ex-presidente.

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A PF tenta liga a relação de amizade de Ramagem e Carlos Bolsonaro a algum tipo de crime. Segundo a Folha de São Paulo, a ligação entre os dois foi um dos motivos de Ramagem ter seu nome barrado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, para o comando da PF, em 2020. À época, a relação de amizade dos dois já era conhecia e os dois passaram juntos a festa da virada de ano de 2019 para 2020.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) escreveu em rede social: “Mais um capítulo da ditadura do Judiciário. Cabe ao Senado brecar esta perseguição e preservar as liberdades”.

De acordo com a PF, a “Abin Paralela” criada na gestão Ramagem tentou atrelar Moraes e o também ministro do STF Gilmar Mendes à facção criminosa PCC. Para a corporação, as informações sobre a tentativa de ligar os ministros ao PCC foram encontradas em documentos apreendidos na Abin. Entretanto, Ramagem já provou que todo o trabalho da ABIN incluindo o referido software são da gestão anterior a Bolsonaro.

A PF afirma que a Abin sob Ramagem também se valeu do software FirstMile para monitorar o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e a ex-deputada Joice Hasselmann, que se elegeu as custas de Bolsonaro.

A operação mostra mais uma investida da PF em ano eleitoral contra os possíveis candidatos da oposição a Lula no Brasil. A operação ocorre na manhã seguinte a Super Live, realizada por Bolsonaro e seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, com objetivo de organizar os trabalhos para as campanhas eleitorais municipais. A Live contou com mais de 430 mil pessoas, segundo Bolsonaro, deixando a esquerda com muita inveja, visto que Lula mesmo como presidente não consegue audiência.