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A família Trajano, controladora da companhia, irá subscrever R$ 1 bilhão das novas ações. O BTG se comprometeu a comprar o que sobrar dos R$ 250 milhões em ações restantes. Os acionistas minoritários poderão manter sua participação proporcional ao exercerem a preferência de compra das novas ações.

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O conselho de administração do Magazine Luiza (MGLU3), em reunião realizada na última sexta, aprovou um aumento de capital privado na ordem de R$ 1,25 bilhão, totalmente garantido pelos acionistas controladores (família Trajano) e pelo BTG Pactual, informou a varejista em fato relevante divulgado neste domingo (28).

O aumento de capital contempla emissão para subscrição privada de 641.025.641 ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 1,95 por ação, segundo a companhia.

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O preço por ação fixado levou em consideração o preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações de emissão da companhia negociadas no dia 26 de janeiro de 2024 (R$ 2,05 por papel) e um desconto de aproximadamente 5%.

Para analistas, há um lado positivo na participação dos controladores no aumento de capital com R$ 1bi. “Reconhecemos a necessidade de a companhia readequar a sua estrutura de capital e o aumento de capital contribui para isso”, explica a corretora.

No entanto, por outro lado, avalia negativamente o aumento de capital ocorrendo em momento após forte queda das ações da companhia nos últimos anos. Existe uma visão mais cética em relação à MGLU3.

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Já em 2021 a Magalu injetou quase R$ 4 bilhões no caixa via emissão de novas ações feita na época. Foram 175 milhões de papéis a um preço de R$ 22,75 cada um.

Agora serão emitidas entre 608 milhões e 641 milhões de ações, a um preço de R$ 1,95 cada uma, 5% abaixo dos R$ 2,08 do fechamento de sexta (26). O que mudou de lá para cá? A disparidade no preço das ofertas simboliza o tombo das ações do Magalu de 2021 para 2024.

Ela, assim como as outras varejistas, foram impactadas pela alta de juros, que atinge com maior força as empresas voltadas ao consumo da população.

No meio do caminho ainda teve a crise da Americanas e a presença cada vez maior de rivais asiáticas no mercado brasileiro. Existe ainda, o boicote a empresa promovido por aquele que não gostaram do posicionamento de Luiza Trajano, apoiando Lula incondicionalmente. Trajano fez parte da equipe de transição do governo Lula e inclusive criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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