Maior alta mundial de alimentos desde 2011. De acordo com dados da FAO, o barômetro mundial dos preços dos alimentos atingiu um novo pico. E assim, atingindo seu nível mais alto desde julho de 2011, informou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês).
Contudo, apesar de uma produção mundial recorde esperada de cereais em 2021, os estoques globais de cereais estão caminhando para uma contração em 2021/22. Conforme as novas previsões do Cereal Supply and Demand Brief da FAO , também divulgado nesta quinta-feira.
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Em contrapartida, prevê-se que os estoques mundiais de cereais no final das temporadas em 2022 caiam 0,8% abaixo de seus níveis iniciais, para 819 milhões de toneladas. Consequentemente, a relação estoque / consumo mundial de cereais deverá diminuir ligeiramente, de 29,4% em 2020/21 para 28,5% em 2021/22, mas ainda indicando um nível confortável.
E ainda, o Índice de Preços de Cereais da FAO em outubro aumentou 3,2% em relação ao mês anterior, com os preços mundiais do trigo subindo 5%. Em meio ao estreitamento das disponibilidades globais devido às colheitas reduzidas nos principais exportadores, incluindo Canadá, Federação Russa e Estados Unidos da América. Os preços internacionais de todos os outros cereais principais também aumentaram em relação ao mês anterior.
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Entretanto, o Índice de Preços de Alimentos da FAO , que acompanha as variações mensais nos preços internacionais de uma cesta de commodities alimentares, teve média de 133,2 pontos em outubro. Fato que corresponde a alta de 3% em relação a setembro, subindo pelo terceiro mês consecutivo.
Índice de alimentos que caíram
Índice de Preços de Carne da FAO caiu 0,7% de seu valor revisado em setembro, marcando a terceira queda mensal. As cotações internacionais das carnes suína e bovina caíram em meio à redução nas compras da China da primeira e à forte queda nas cotações de abastecimento do Brasil da segunda. Em contraste, os preços das carnes de aves e ovinos aumentaram, impulsionados pela alta demanda global e baixas perspectivas de expansão da produção.
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Contudo, o Índice de Preços do Açúcar da FAO também apresentou queda. Caiu 1,8% em relação a setembro, marcando a primeira queda após seis aumentos mensais consecutivos. O declínio foi principalmente o resultado da demanda de importação global limitada e perspectivas de grandes suprimentos exportáveis da Índia e da Tailândia, bem como um enfraquecimento do real brasileiro em relação ao dólar dos EUA.
Alimentos que obtiveram alta
O Índice de Preços de Laticínios da FAO subiu 2,6% em relação a setembro. Influenciado pela demanda global de importação mais firme de manteiga, leite em pó desnatado e leite em pó integral em meio aos esforços dos compradores para garantir o abastecimento e aumentar os estoques. Em contraste, os preços do queijo permaneceram estáveis.Isto porque os suprimentos dos principais países produtores eram adequados para atender à demanda de importação global.
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E ainda, o Índice de Preços do Óleo Vegetal da FAO subiu 9,6% em outubro, atingindo um recorde. O aumento foi impulsionado por cotações mais firmes para os óleos de palma, soja, girassol e colza. Os preços do óleo de palma aumentaram pelo quarto mês consecutivo em outubro, amplamente sustentados por preocupações persistentes sobre a produção moderada na Malásia devido à contínua escassez de mão de obra migrante.