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A Nutrien, maior produtora de potássio do mundo, deixará de misturar fertilizantes no Brasil depois de decidir fechar suas duas últimas unidades de processamento ativas no país, disseram três pessoas familiarizadas com a mais recente etapa da reorganização da empresa canadense.

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As fontes, que pediram anonimato porque a medida não foi anunciada, disseram que o plano de interromper as operações de mistura nas unidades de Itapetininga e Araxá da Nutrien é outro passo para reposicionar a empresa no mercado local.

A Nutrien está mudando seu foco para a revenda de insumos agrícolas por meio de sua rede de varejistas no Brasil, como parte de uma grande mudança estratégica depois que suas aquisições e investimentos não trouxeram os retornos esperados.

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Em maio de 2022, quando a Nutrien ainda estava investindo para aumentar a capacidade de mistura de fertilizantes no Brasil, a empresa disse que planejava ter um total de 12 instalações desse tipo no país.

Dois anos depois, a Nutrien suspendeu indefinidamente três de suas cinco misturadoras brasileiras como parte da reorganização em andamento. Duas das fontes disseram que a Nutrien também fechou várias lojas de varejo no Brasil este ano devido às condições difíceis do mercado.

A empresa não quis comentar sobre a diminuição de sua rede de varejo no Brasil, que é um grande importador de fertilizantes.

No ano passado, a Nutrien registrou uma despesa de redução ao valor recuperável de 465 milhões de dólares relacionada às suas aquisições na América do Sul. Em março, a Reuters informou pela primeira vez que a Nutrien decidiu vender ativos na região.

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Petrobras segue planos de Lula e volta a investir em fertilizante

Petrobras está retomando suas operações no setor de fertilizantes. Recentemente, a empresa readmitiu 214 funcionários na fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa), no Paraná. A unidade, que estava paralisada desde 2020, deve voltar a operar no segundo semestre de 2025.

A retomada da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa) pela Petrobras (PETR4) trouxe repercussão no mercado em meio a mais sinais dados pela empresa e que marcam os primeiros movimentos da CEO Magda Chambriard,.

A estatal anunciou que sua Diretoria Executiva aprovou a retomada das atividades operacionais da ANSA (“Araucaria Nitrogenados S.A”), que a empresa decidiu “hibernar em 2020”. A previsão é de retomada da operação no segundo semestre de 2025.

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De acordo com o Itaú BBA, quando a empresa anunciou as medidas iniciais para a retomada das operações da usina, a ANSA tinha registrado perdas consistentemente desde sua aquisição pela Petrobras em 2013.

O esperado prejuízo das operações da ANSA em 2020, quando a Petrobras decidiu hiberná-la, foi superior a R$ 400 milhões. “A aprovação para reativar a planta é consistente com o reposicionamento da empresa no segmento de fertilizantes, conforme anunciado anteriormente em seu Plano Estratégico 2024-2028” de Lula.

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O BTG Pactual apontou ser importante abordar esse anúncio dadas as preocupações dos investidores sobre a alocação de capital da empresa em segmentos não essenciais e do qual não tem expertise.

Primeiro, o banco reconhece que investimentos em fertilizantes geram retornos bem abaixo dos entregues pela companhia em seus segmentos de upstream e refino. Dito isso, a reativação da ANSA não é particularmente nova.

Já o contrato que a Petrobras assinou com a Unigel em dezembro de 2023 foi paralisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por proporcionar prejuízo de milhões mensais para a empresa.

Além disso, a Petrobras assinou um acordo com a Yara Brasil Fertilizantes para estruturar uma potencial parceria de negócios no segmento de fertilizantes, produção de produtos industriais e descarbonização da produção.

Com informações Reuters

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