Mais mentiras de Lula. Caneta da posse não existia em 1989. Lula já é conhecido por seus discursos com mentiras e números falsos. Na posse ele manteve o hábito e contou algumas mentiras. Durante a assinatura do termo de posse no último domingo (1°), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou uma breve história sobre a caneta que ele usaria para assinar o documento que o oficializou como chefe do Executivo federal. Segundo ele, o item teria sido um presente que ele ganhou de um apoiador em 1989. No entanto, a história possui alguns “furos”.
SAIBA MAIS: Lula confessa no Congresso Nacional:”É rapaz, nunca que eu ia ganhar essa” ele…
– Eu estava fazendo um comício no Piauí. Foi um grande comício. Depois, nós fomos caminhando até a Igreja São Benedito. Após terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que essa caneta era para eu assinar a posse se eu ganhasse as eleições de 89. Eu não ganhei as eleições de 89. Eu não ganhei em 94. Eu não ganhei em 98. Em 2002, eu ganhei as eleições e, quando eu cheguei aqui, eu tinha esquecido a minha caneta e assinei com a caneta do senador Ramez Tebet, pai da senadora Simone Tebet. Em 2006, eu assinei com a caneta do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington [Dias], é uma homenagem ao povo do estado do Piauí – disse Lula na posse.
LEIA MAIS: PT pinta Bolsa de vermelho no primeiro dia de governo. Petrobras e BB afundam
Porém, a caneta utilizada por Lula, que pode ser encontrada à venda na internet em sites de produtos de luxo, é a Montblanc Writers, que sequer existia em 1989, quando o presidente disse ter recebido o presente. A série Writers foi lançada pela marca alemã – que é tradicional por suas canetas luxuosas – apenas em 1992, três anos depois do ano que foi citado pelo petista na posse.
A Montblanc Writers com a edição especial do escritor F. Scott Fitzgerald pode ser encontrada em sites internacionais especializados em canetas de luxo por preços variados. O modelo usado no domingo, que possui a ponta esferográfica, pode ser encontrado por 480 libras (R$ 3 mil). Mas os modelos tinteiro da mesma caneta chegam a custar mais de R$ 6 mil.
MAIS INFORMAÇÃO: Privatizações iniciadas por Bolsonaro são revogadas por Lula
Outro detalhe é que o modelo que Lula segurou no dia 1° de janeiro é de uma série especial em homenagem ao escritor F. Scott Fitzgerald, autor de Suave é a Noite e O Grande Gatsby, entre outros livros célebres. Essa variação da caneta Writers só foi lançada em 2002, ou seja, mais de uma década depois do alegado pelo presidente Lula.
ENTENDA MAIS: Com medo da população Lula assina decreto contra política de armas de Bolsonaro