Patrocinado

Há mais de um mês, o fogo consome o Pantanal, e não há previsão de trégua. Em 16 dias de novembro deste ano, foram registrados 3.098 focos de incêndio no bioma, um recorde histórico para o mês desde 2002, quando foram contabilizados 2.328 focos.

Em relação ao mesmo período de 2022, o aumento de queimadas ultrapassa 1.400%, conforme monitoramento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O tempo seco e a onda de calor favorecem o grande número de incêndios, que destroem a vegetação e a fauna algo natural em todos os anos para ser prevenido. Na última quarta-feira (15), o fogo chegou a invadir a rodovia Transpantaneira. As chamas foram controladas pelas equipes de brigadistas e não alcançaram as casas.

MAIS: Michelle Bolsonaro critica Dino por visita da ‘Dama do Tráfico’ em Brasília

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.  Clique aqu
i. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

LEIA: Grupo Globo faz demissões de jornalistas e sindicato rebate

Os incêndios levaram os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estados que abrigam o bioma, a decretar situação de emergência na região norte do Pantanal.

Segundo o governo Lula, os incêndios ainda estão sob investigação. Os especialistas avaliam se começaram por causa da queda de raios ou por ação humana.

AINDA: ONU desmente Ministra Marina Silva sobre fome no Brasil

– Não foi possível esclarecer se todos os incêndios no Pantanal se iniciaram com um raio, uma descarga elétrica, ou não, como em 2020, quando muitos foram por crime ambiental, alguém botando fogo para destruir a vegetação – disse o climatologista e funcionário do governo Lula, Carlos Nobre, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

No dia 21 de outubro deste ano, três raios atingiram o Parna do Pantanal, a Reserva Particular do Patrimônio Natural Dorochê e uma propriedade particular.

O governo federal também não mencionou porque não ativou ações preventivas para o período de calor e seca natural do local.

Parlamentares da oposição começaram a culpar o governo Lula pelas queimadas. Visto que durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), quando políticos de esquerda e a grande imprensa e ativistas ambientais culparam o ex-presidente pelas queimadas no Pantanal e na Amazônia. Atualmente não se menciona sobre as queimadas nos dois territórios, inclusive na Amazônia os moradores tem enfrentados problemas respiratórios pelo excesso de fumaça há mais de três meses.

Revista Time inclui Marina Silva na lista de lideranças climáticas

A revista Time nomeou a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, como uma das 100 lideranças climáticas mais influentes do mundo. A lista foi divulgada nesta quinta-feira (16), onde nomes como o bilionário Bill Gates, o cineasta James Cameron, a cantora Billie Eilish e a banda Coldplay que também foram citados.

VEJA: Ministério do Meio Ambiente esvaziado recebe corte de recursos para 2024

A ministra de Lula se prepara para participar da Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, a COP28, que está marcada para acontecer no dia 30 de novembro em Dubai, nos Emirados Árabes.

Ao citar a brasileira, a publicação destaca o trabalho da pasta para “criar resiliência climática e frear o desmatamento”. A Time cita o resultado da queda de 20% no desmatamento da Amazônia em relação ao ano passado.

Marina concedeu entrevista à publicação e destacou os trabalhos do governo atual em avançar com a agenda climática.

– A coisa mais importante que todos nós precisamos fazer com urgência é quebrar o ciclo vicioso de acreditar que a realidade já está sendo mudada por nós, pelo governo e pelas sociedades, simplesmente porque chegamos a um acordo sobre algo – disse ela.

A revista não cita os números recordes que foram registrados este ano de incêndios florestais na Amazônia, tão pouco cita a situação de catástrofe registrada no Pantanal nas últimas semanas.