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Falta Suporte para Atletas Medalhistas

Mesmo após o melhor desempenho do Brasil em Olimpíadas as situação parece não ter melhorado para o os atletas. A ideia é que o país passaria a investir e incentivar o esporte para as próximas competições. No entanto, o quadro que se configura é o oposto.

Os atletas parecem estar sendo punidos pelos bons resultado obtidos. Seis meses após os Jogos Olímpicos, os investimentos federais são reduzidos aos medalhistas. A estrela da ginástica artística, Arthur Zanetti,  é um dos que teve seus rendimentos muito afetados. Antes das Olimpíadas tinha dez patrocínios  atualmente esta com apenas três. Os mantidos foram a Bolsa Pódio, a Força Aérea Brasileira e Adidas.

Se os atletas mais conhecidos estão passando por dificuldades imagine os menos renomados. Em um país sem histórico de apoio ao esporte, com a crise econômica a fuga de patrocinadores após os Jogos do Rio foi ainda maior. A situação é muito difícil para as modalidades menores, aquelas que convivem com a falta de visibilidade e popularidade.

A corrupção também esta deixando seu rastro nos esportes. A confederação está paralisada após o afastamento do presidente Carlos Fernandes no mês de agosto. Ele deixou o cargo após uma ação da Polícia Federal para desarticular uma quadrilha responsável por fraudes em licitações e desvios de recursos públicos do Ministério do Esporte a diversas confederações esportivas. O interventor Carlos Carvalho iniciou as suas atividades em fevereiro para regularizar a administração em 90 dias. Cálculos iniciais apontam fraudes de R$ 8 milhões.

A falta de patrocínio

Devido a paralisação, o medalhista de bronze do tae kwon do, Maicon Andrade recebeu o prêmio de R$ 12,5 mil pela conquista com dois meses de atraso. De acordo com seu técnico, Reginaldo dos Santos, o próximo ciclo olímpico já está comprometido. “Ele perdeu cinco torneios importantes e não temos planos para o segundo semestre deste ano”.

A redução da arrecadação da loteria federal é apontada como uma causa da redução dos patrocínios. A Lei Agnelo/Piva destina 1,7% do prêmio pago aos apostadores de todas as loterias federais do País ao Comitê Olímpico do Brasil (COB). A arrecadação do ano passado foi 14% menor em relação a 2015. Com isso, a entidade vai repassar R$ 85 milhões diretamente para as confederações, R$ 13 milhões a menos que os R$ 98 milhões do ano olímpico.

O Novo ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB) cancelou um edital de R$ 150 milhões que garantiria projetos para apoio a atletas após os Jogos. No entanto, o Ministério do Esporte garante que não mudará as regras do Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual do País. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros nos Jogos do Rio, apenas o ouro do futebol masculino não contou com atletas bolsistas

A redução de patrocínio não foi apenas do governo. As empresas privadas também reduziram o apoio. Além de uma cultura que não valoriza o esporte o pais ainda conta com uma crise ética e moral, além de econômica que afetam diretamente o desenvolvimento dos atletas e consequentemente os resultados dos próximos anos. Quem não planta não terá o que colher.

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