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Mercadante assume BNDES e disse que banco vai “bancar obras para países de esquerda”. Mesmo os que deram calote. Ao tomar posse nesta segunda-feira, 6, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, confirmou que o banco irá financiar obras em países de esquerda, prática adotada pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff entre 2003 e 2016.

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Nesse período, cerca de 80 obras nas ditaduras da Venezuela e de Cuba e em outros países governados pela esquerda na América Latina e na África receberam financiamento vultosos e com excelentes condições, como longo prazo para pagamento e baixa taxa de juros. As duas ditaduras e Moçambique deram calote e até hoje não pagaram os financiamentos.

Em viagem à Argentina, em 24 de janeiro, Lula confirmou o retorno dos financiamentos internacionais, suspensos nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

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Na posse, Mercadante disse que “o presidente Lula tem toda a razão quando diz que o BNDES tem de ser um banco parceiro do desenvolvimento e da integração regional”. “O nosso desenvolvimento passa necessariamente pela integração da América Latina, pela parceria com os países do sul global”, declarou Mercadante, no discurso de posse.

Segundo Mercadante, militante petista histórico e até então presidente da Fundação Perseu Abramo, um braço do PT, “o Brasil será ainda maior quando atuar em conjunto com os seus vizinhos”. “O Brasil é mais da metade do território, do PIB e da população da América do Sul. Estamos irrevogavelmente inseridos neste contexto geográfico e histórico. Nosso destino está portanto indissoluvelmente ligado ao destino da nossa região.”

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Coordenador do programa de governo de Lula, havia dúvidas se ele, de fato, poderia assumir o cargo no banco público, considerando que a Lei das Estatais proíbe, pelo prazo de 36 meses, que pessoas que tiveram participação na campanha eleitoral assumam cargos na diretoria e nos conselhos das estatais. O Tribunal de Contas da União (TCU), entretanto, não observou infringência à lei. Mercadante foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Casa Civil nos governos de Dilma Rousseff (PT).

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