O mercado de prata em Londres vive um momento histórico em 2025, com a cotação do metal atingindo recordes que não eram vistos desde 1980. No dia 14 de outubro, o preço à vista da prata chegou a impressionantes US$ 53,55 por onça, superando o pico anterior ligado ao episódio dos irmãos Hunt, e refletindo uma valorização de 85% no acumulado do ano. Esse aumento notável está impulsionado por um fenômeno conhecido como short squeeze, agravado por uma escassez física da prata no mercado londrino, alta demanda global e liquidez extremamente baixa.
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A crise de liquidez elevou as taxas de leasing da prata para mais de 30% ao ano, tornando caro para investidores e traders manter posições vendidas (short sellers) no metal. Isso força muitos a recomprar rapidamente suas posições, elevando ainda mais os preços. Além disso, a diferença entre os preços praticados no mercado físico de Londres e os contratos futuros em Nova York atingiu até US$ 3 por onça, premiando a prata física e estimulando operações de transporte aéreo das barras para aproveitar essa margem.
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A forte demanda vem principalmente da Índia, fundos de índice lastreados em prata e temores de novas tarifas nos Estados Unidos. A valorização da prata em 2025 supera inclusive a do ouro, que apesar de também atingir recordes históricos (mais de US$ 4.100 por onça), teve alta acumulada de 56% no ano, menos que a prata.
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Esse cenário de rali do metal precioso ocorre em meio a um ambiente geopolítico instável, incluindo a guerra da Rússia na Ucrânia e tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que fazem dos metais preciosos uma proteção buscada por investidores e bancos centrais.
Em resumo, o mercado londrino da prata enfrenta uma das maiores crises de liquidez e volatilidade de sua história, com preços recordes, altos custos de empréstimos e uma dinâmica de short squeeze que mantém o metal no centro das atenções globais de investimento.
Mercado da prata em Londres atinge recordes históricos em 2025
A prata ultrapassou a marca de US$ 53 por onça pela primeira vez desde 1980, impulsionada por uma combinação de alta demanda global, escassez física no mercado londrino e um intenso short squeeze que elevou os preços a níveis inéditos.
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Fenômeno do short squeeze e liquidez reduzida elevam preços
O aumento das taxas de leasing da prata para mais de 30% ao ano torna oneroso manter posições vendidas, forçando recompras e impulsionando um ciclo de alta. A diferença de até US$ 3 na cotação física em Londres em relação aos contratos futuros em Nova York também contribui para essa alta, incentivando transporte aéreo de prata para arbitragem.
Demanda global e contexto geopolítico impulsionam valorização
Setores industriais, investidores institucionais e fatores geopolíticos, incluindo a guerra da Ucrânia e tensões comerciais globais, ampliam a busca pela prata como ativo de proteção, impulsionando sua valorização que em 2025 supera a do ouro.
Este contexto faz da prata um dos metais preciosos mais emblemáticos e voláteis do mercado atual, com reflexos diretos nas negociações globais e interesse crescente dos investidores