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Mercado de trigo deve sofrer alta por conflito entre Ucrânia e Rússia

Mercado de trigo deve sofrer alta por conflito entre Ucrânia e Rússia

Mercado de trigo deve sofrer alta por conflito entre Ucrânia e Rússia. Isto porque, se o presidente dos EUA, Joe Biden, estiver correto sobre uma guerra iminente entre a Rússia e a Ucrânia, espere que os preços do cereal voltem, pelo menos, ao preço visto em novembro passado, de US$ 8,57 por bushel. O que representa um aumento de aproximadamente 9% em comparação aos níveis recentes de US$ 7,89. O trigo é usado como ração para o gado e para fazer pão e pizza. E no Brasil é a base da alimentação da população.

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Desta forma, os mercados de trigo enfrentam um problema multifacetado. Primeiro, a Rússia e a Ucrânia controlam juntas cerca de 29% do mercado global de exportação de trigo, de acordo com dados recentes do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). Isso importa porque é a compra e venda de exportações que determina os preços mundiais das commodities, incluindo o trigo.

Por esta razão, uma guerra na Ucrânia pode prejudicar a colheita e as sanções à Rússia podem impedir que os grãos fluam das áreas controladas pela Rússia para o mercado mundial. Em outras palavras, uma guerra poderia diminuir a oferta global do grão. No entanto, o assunto é ainda mais complicado. No momento, o entendimento do mercado é de que os estoques globais de trigo estão baixos em relação ao provável consumo. E o relatório Teucrium observa que o USDA espera que a oferta mundial de trigo caia pelo segundo ano consecutivo.

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No entanto, o Brasil é o principal destino do trigo Argentino, mas o país tem mercado aberto com os asiáticos, como Indonésia, Tailândia e Vietnã, além de Argélia Marrocos e também com países vizinhos.

Entretanto, o Brasil pode sentir as consequências de um mercado global mais nervoso. Isso porque o país é um grande importador do cereal. Em 2021, o Brasil importou 6,2 milhões de toneladas de trigo por U$ 1,66 bilhão, de acordo com o MDCI (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio).A maior parte, 5,2 milhões de toneladas, foi importada da Argentina por US$ 1,45 bilhão. Os embarques do cereal ocorreram durante todo o ano. Outros dois grandes fornecedores e com embarques frequentes foram Uruguai e Paraguai, com cerca de 300 mil toneladas cada. Da Rússia vieram 28 mil toneladas nos meses de agosto e setembro, praticamente o mesmo volume comprado do Canadá.

Em contrapartida, Jim Roemer, publicou em uma edição recente de seu boletim informativo Best Weather. Uma geada brutal nos EUA em meados de janeiro ajudou a manter os preços do trigo em alta. Porém, tais perdas de inverno podem prejudicar o rendimento das colheitas, reduzindo a oferta.

Por esta razão, Roemer afirmou que “seu viés é de alta no trigo a longo prazo com expectativa de problemas climáticos nos EUA”, escreve Roemer. Aqueles com apetite por risco devem considerar a compra de futuros de trigo com data de maio na Bolsa de Chicago. Ainda assim, lembre-se de esperar volatilidade neste mercado.

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