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No primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), os investidores dividiram as atenções entre as expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, e o cenário fiscal — que seguiu nos holofotes com declarações do presidente Lula.

O Ibovespa (IBOV) fechou a sessão desta terça-feira (18) com avanço de 0,41%, aos 119.630,44 pontos. Essa é a quarta alta do principal índice da bolsa brasileira em junho.

Já o dólar à vista a R$ 5,4342, com alta de 0,23%.

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Durante a manhã, o presidente Lula afirmou que o governo está “investigando se tem carga exagerada em alguns programas sociais”. Ele ainda disse estar disposto a discutir o orçamento com a Câmara, o Senado e empresários, em entrevista à rádio CBN.

O chefe do Executivo também voltou a criticar a postura do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — em pleno dia de Copom.

“Só temos uma coisa desajustada neste país é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, disse Lula.

Sobre o Copom, a expectativa é de que o BC mantenha a Selic a 10,50% ao ano. A decisão será divulgada nesta quarta-feira (19) depois do fechamento dos mercados.

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O que ocorreu no mercado internacional

Já em Wall Street, a sessão foi marcada por instabilidade em meio à reação de novos dados econômicos e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed). S&P 500 e Nasdaq renovaram os recordes de fechamento.

As vendas no varejo dos Estados Unidos de maio avançaram 0,1% em maio, na comparação com abril, a US$ 703,1 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano.

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O resultado veio abaixo das projeções dos analistas ouvidos pela FactSet, que previam alta de 0,2% em maio.

As vendas de abril foram revisadas, de estabilidade para queda de 0,2% no mês.

Com o dado mais fraco que o esperado, o mercado manteve as apostas de que o início dos cortes dos juros pelo Fed em setembro.

Os traders agora veem 67% de chance de o banco central norte-americano reduzir os juros, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group. Ontem (17), essa probabilidade era de 61,5%.

Desse total, a probabilidade de redução de 0,25 ponto percentual, o que levaria os juros para a faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, é de 61,7%.

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Em consequência, as apostas de manutenção dos juros no intervalo de 5,25% a 5,50% caíram de 38,5% (ontem) para 33,0% (hoje).

Wall Street também repercutiu novas falas de dirigentes do Fed ao longo do dia. Em destaque, a diretora do BC norte-americano, Adriana Kugler, disse que, embora as pressões de preço ainda estejam muito altas, é apropriado cortar a taxa básica de juros ainda este ano.

Mais cedo, o presidente da unidade do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que a aceleração recente da inflação está “claramente” nos estágios finais, mas que este ainda não é o momento adequado para declarar vitória no processo de combate à escalada dos preços.

Barkin, que vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), ainda disse que os dados do primeiro trimestre não ampliaram a confiança de que a inflação caminha à meta de 2%.

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Para ele, os números do último mês vieram “encorajadores”, mas ainda é preciso monitorar os dados.

Em destaque, Nvidia (NVDA) ultrapassou a Microsoft (MSFT) e se tornou a companhia mais valiosa do mundo. A gigante de tecnologia agora é avaliada em US$ 3,335 trilhões, segundo o Companies Market Cap.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

S&P 500: +0,25%, aos 5,487,03 pontos;
Dow Jones: +0,15%, aos 38,834,86pontos;
Nasdaq: +0,03%, aos 17.862,23 pontos.

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Altas e baixas do Ibovespa

O acordo pôs fim na disputa tributária de incidência do IRRF (Imposto de Renda), da Cide (contribuição de intervenção), do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins sobre remessas ao exterior, que totaliza R$ 44,79 bilhões.

A ponta positiva do Ibovespa foi liderada, desde a abertura, pelas ações da CSN (CSNA3) após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O STJ acolheu, por três votos a dois, o recurso da CSN de que houve uma mudança no controle acionário da Usiminas (USIM5) quando a Ternium adquiriu a fatia que pertencia aos grupos Votorantim e Camargo Corrêa (atual Mover).

Essa movimentação, segundo a CSN, deveria resultar no direito de “tag along” (sistema que protege os acionistas minoritários quando o controle de uma empresa é vendido) e obrigaria a Ternium a fazer uma oferta pública de ações — o que não aconteceu.

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BRF (BRFS3) ficou logo atrás e fechou a sessão com alta de 5,50% e os papéis cotados a R$ 19,19.

Na ponta negativa do principal índice da bolsa brasileira, CVC (CVCB3) e Azul (AZUL4) fecharam como as maiores perdas do pregão. A companhia de turismo caiu 4,46%, a R$ 1,93 e a empresa aérea teve baixa de 6,11%, a R$ 8,45.

Fora do Ibovespa, Dasa (DASA3) estenderam o movimento de realização dos lucros iniciado na véspera, ainda com a confirmação da combinação de negócios com a Amil do amigo de Lula, no segmento de hospitais no radar. Os papéis caíram 14,63%, a R$ 3,15.

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