Mineradora BHP mira aquisição e fusões com rivais. Um acordo gigantesco seria a cereja do bolo após uma série de mudanças radicais na maior mineradora do mundo desde que Mike Henry assumiu a presidência no início de 2020.
A empresa pretende expandir as atividades com metais necessários à transição para energia limpa e está se livrando de ativos de petróleo e gás. No momento, também investe bilhões de dólares em uma enorme mina de potássio no Canadá. Um plano para acabar com a listagem de ações em Londres — que, segundo a BHP, a tornará mais “ágil” – será submetido a votação pelos acionistas esta semana.
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Contudo, a BHP Group (BHPG34) já foi considerada a empresa mais agressiva em fusões e aquisições no setor de mineração. Porém, passou mais de uma década sem movimentação neste sentido. Agora, se prepara para uma volta em grande escala.
Desta forma, a BHP expandiu o time especializado nessas transações e está interessada em um acordo transformador, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que pediram anonimato para discutir informações privadas.
A companhia estuda rivais como Freeport-McMoRan e Glencore, afirmaram as fontes, enfatizando não haver indicação de que a BHP já prepara algum lance.
Entretanto, a BHP já é uma das maiores mineradoras de cobre do mundo e fornece níquel para a Tesla. No entanto, o minério de ferro continua sendo sua maior fonte de lucro. A empresa também é grande produtora de carvão para a indústria siderúrgica.
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E assim, a BHP vem estudando suas opções e rodando modelos para simular operações com rivais como a Glencore e a gigante de cobre Freeport, dos EUA. A divisão de metais de base da brasileira Vale também está no radar, segundo as pessoas entrevistadas pela Bloomberg.
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No entanto, o valor de mercado da BHP gira em torno de US$ 168 bilhões e suas ações estão perto do recorde. A BHP entende que precisa estar pronta para agir se suas concorrentes ficarem mais baratas. O valor de mercado atual da Freeport é de US$ 65 bilhões, enquanto a Glencore é avaliada em US$ 73 bilhões.
Em fim, as ações das duas são negociadas perto das maiores cotações em anos após a disparada dos preços das commodities. Executivos da BHP e da rival Rio Tinto Group admitem que deixaram passar oportunidades quando as ações de concorrentes de menor porte desabaram no passado.