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O deputado Kim Kataguiri (União-SP) rebateu o ministro Silvio Almeida (foto), dos Direitos Humanos, em discussão sobre Almeida ser alvo um pedido de impeachment pela recepção de sua pasta à “dama do tráfico” amazonense, Luciane Barbosa Faria.

Após Silvio Almeida chamá-lo de “extrema direita”  e debochar de suposto erro processual no pedido do impeachment, Kim, um dos autores do pedido, descreveu o comportamento do ministro como “chilique”.

“Quando não se sabe combater no mérito, quando não se sabe responder o fato, ataca-se o interlocutor, ataca-se o mensageiro”, acrescentou.

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O episódio aconteceu durante sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e de Segurança da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 5 de novembro. Almeida foi convocado para prestar esclarecimentos sobre gastos do Ministério dos Direitos Humanos com passagens aéreas para a visita de Luciane a Brasília de cerca de R$ 6 mil dos cofres públicos. (VEJA VÍDEO)

A sessão da comissão não foi marcada apenas por Kim ter rebatido Silvio Almeida. O ministro também teve embate com outros deputados. Após chamar Kim de “extrema direita”, ele foi advertido pela presidente da comissão, deputada Bia Kicis (PL-DF).

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Silvio Almeida então a interrompeu e mal permitiu a deputada a concluir sua advertência. Deputados da oposição acusaram Silvio Almeida de “violência de gênero” e “machismo”.

Silvio Almeida, classificou o pedido de impeachment contra ele, apresentado por parlamentares à presidência da Câmara dos Deputados, como “constrangedor e vergonhoso”.

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Os deputados acusaram o ministro de crime de responsabilidade por custear, por meio do ministério, a viagem de Luciane Barbosa Faria, conhecida como “dama do tráfico”, para agendas em Brasília. O pedido de impeachment foi enviado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em novembro deste ano, assinado pelo deputado Rodrigo Valadares (União-SP).

No pedido de impeachment contra Silvio Almeida, enviado a Arthur Lira, o deputado Rodrigo Valadares defendeu que o custeio da viagem ocorreu em “prol do interesse do grupo criminoso representado” pela dama do tráfico. O ministério comandado por Almeida confirmou em 15 de novembro ter pagado uma das viagens de Luciane Barbosa para Brasília.

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Em nota, afirmou que o pagamento foi feito para o encontro nacional do Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), realizado nos dias 6 e 7 de novembro.

Luciana foi indicada pelo comitê estadual do Amazonas como representante da região para o evento. O dinheiro usado veio do orçamento próprio reservado ao CNPCT. Vergonhoso é um governo receber uma dama do tráfico. O ministro se absteve da responsabilidade de uso da verba de seu Ministério além das permissões de entrada e visitas para o mesmo.

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