Ministro do STF anula provas da Odebrecht na Lava Jato e critica prisão de Lula. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou, nesta quarta-feira (6), todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht na Operação Lava Jato e determinou que elas não podem mais ser usadas em nenhuma esfera da Justiça.
MAIS: Bancos envolvidos em operação que beneficiou assessores de Silveira e Pacheco defendem escândalo
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de um dos “maiores erros judiciários da história do país” e “uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado”. As declarações estão em um despacho assinado por Toffoli nesta quarta-feira (6).
LEIA: Lula propõe voto secreto no STF após críticas da esquerda a Zanin
Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.
SAIBA: Ministério turbinado com imposto sobre apostas esportivas deve ficar com Centrão
– Digo sem medo de errar, foi o verdadeiro ovo da serpente dos ataques à democracia e às instituições que já se prenunciavam em ações e vozes desses agentes contra as instituições e ao próprio STF. Ovo esse chocado por autoridades que fizeram desvio de função, agindo em conluio para atingir instituições, autoridades, empresas e alvos específicos – declarou o ministro.
Lula ficou preso de abril de 2018 até novembro de 2019 após ser condenado no caso do tríplex de Guarujá.
VEJA: Galvão Bueno tem contas bloqueadas pela justiça
O petista só deixou a prisão após o Supremo rever seu entendimento sobre o cumprimento de pena antes do trânsito em julgado de uma sentença, estabelecendo que a detenção só seria cabível após se esgotarem todos os recursos no Judiciário.
Posteriormente, o STF declarou a suspeição de Moro para julgar Lula e anulou as condenações contra o petista.
As afirmações de Toffoli estão inseridas no âmbito de um despacho de 135 páginas em que o ministro do STF declarou imprestáveis os elementos de prova obtidos a partir do acordo de leniência da Odebrecht e dos sistemas Drousys e My Web Day B, usado pelo Setor de Operações Estruturadas – “o departamento de propinas” – da empreiteira.
LEIA: Limite de juros no cartão é criticado pela Federação dos bancos
Importante ressaltar que a decisão do Supremo que liberou Lula, não vem sendo utilizada com os opositores do petista, que estão sendo presos sem condenação em nenhuma instância, como o ex-deputado Daniel Silveira e vários outros. Inclusive a invasão de uma instância sobre a outra, como o julgamento em foro privilegiado de diversos cidadão comuns que não tem esta prerrogativa, como os acusados, sem provas, dos atos de 08 de janeiro deste ano.
Desde de a eleição de Lula ministros do STF vem invalidando provas sobre o maior escândalo de corrupção que se tem conhecimento na atualidade (a Lava Jato), e os quais pessoas em diversos países foram condenadas.
VEJA: Gastos do governo subiram R$ 84,8 bilhões no 1º semestre