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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfrentou protestos neste sábado (29), durante evento na Zona Leste de São Paulo. O ex-prefeito foi criticado por um grupo de moradores da Companhia de Habitação Popular (Cohab).

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Com cartazes e gritos, o grupo culpava Haddad por ter vendido a Cohab para a SPDA, em 2016, quando então prefeito, e agora a empresa estaria tomando a casa dos moradores. Os cartazes traziam frases como “Proteção aos mutuários da Cohab”, “Fora SPDA” e “Revogação da cessão de créditos da SPDA!”.

Haddad pediu licença para os manifestantes, para que ele pudesse concluir sua fala, e disse que não estava entendendo o que eles diziam.

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Lula não entendeu as críticas e interviu em favor do ministro, pedindo para que eles aceitassem conversar com ele no final do evento.

– Eu estou vendo uns companheiros e umas companheiras levantando um quadro pedindo não a não sei o quê. Eu não sei o que é, o que eu proponho é o seguinte: que vocês me esperem aqui depois que terminar e vocês vão conversar comigo para a gente saber o que é e como a gente pode resolver – disse Lula.

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HADDAD PREFEITO DE SÃO PAULO
Em abril de 2016, Haddad assinou um documento cedendo à Companhia São Paulo de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos (SPDA) a Carteira de Crédito Imobiliário da cidade, incluindo os créditos transferidos à prefeitura pela Cohab-SP.

Oito anos depois, moradores da Cohab de Cidade Tiradentes estão enfrentando problema com a SPDA. São ao menos 500 famílias em processo de despejo. O ato realizado no sábado mostrava o descontentamento desses moradores com o ex-prefeito da cidade.

O vídeo foi divulgado pelo perfil do instagram: @tiradentescid

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O contrato assinado por Haddad dá direito à SPDA de tomar o imóvel dos moradores em caso de atraso das parcelas. A cessão de créditos alterou os contratos de alienação fiduciária, assim, com 120 dias de atraso, os imóveis vão a leilão extrajudicialmente.

As consequências da cessão de créditos à SPDA segundo os reclamantes foram as seguintes: compromissos de compra e venda foram alterados para contratos de alienação fiduciária. Após 120 dias de atraso, os imóveis vão a leilão extrajudicialmente. Os moradores são surpreendidos e não conseguem negociar, pois as parcelas são triplicadas e os valores podem chegar a 20, 30, até 80 mil reais à vista, sem a possibilidade de parcelamento, afirmaram os manifestantes que querem o fim da SPDA.

A SPDA não se manifestou sobre o tema até o momento. Caso haja manifestação a matéria será atualizada.

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