O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quinta-feira 4, que ainda não há nenhuma definição sobre a inclusão do projeto que anistia os presos políticos no 8 de janeiro na pauta do plenário da Casa.
Segundo o presidente, “há interesse” do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de que o projeto avance. Os 2 se encontraram na quarta-feira 3, em Brasília, para tratar do tema, apenas agora com a proximidade das eleições.

“O governador tem um interesse que se paute a anistia. Isso é público. Nós estamos ouvindo a todos. Estamos ouvindo os líderes que têm interesse e também aqueles que não têm”, disse Motta a jornalistas.
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Ainda de acordo com Motta, a pressão para que a proposta vá ao plenário cresceu. Tarcísio teria sido um dos articuladores para que o projeto voltasse a ganhar força na Casa. A expectativa da oposição é de que o texto seja votado depois do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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A proposta já tem apoio do PL, PP, União Brasil e Republicanos, embora o próprio Motta do Republicanos não cumpre sua promessa de pautar o projeto. Juntas, as siglas têm 292 deputados. Ou seja, maioria necessária para aprovar o projeto.
Se aprovada na Câmara, o projeto ainda teria de ser analisado pelo Senado. O presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mostrou-se contra a possibilidade de pautar o texto atual. Disse que apresentará uma versão alternativa à proposta. Especialistas questionam, como pode o União ser a favor da anistia sendo que Alcolumbre segura e negocia o projeto.
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Tarcísio chegou a Brasília na terça- feira. O governador disse que na sexta- feira 29, que seu 1º ato caso fosse eleito e assumisse a Presidência seria conceder indulto ao ex-presidente. A fala foi muito negativa para Tarcísio, porque parece concordar com a inelegibilidade de Bolsonaro e contar que o mesmo não estará no pleito. Além de ignorar a possibilidade de Eduardo Bolsonaro estar na disputa e ainda, negar sua própria promessa de ser candidato a reeleição em São Paulo.