MPMEs são Responsáveis por 40% dos Empréstimos do BNDES no Primeiro Semestre de 2017

MPMEs são Responsáveis por 40% dos Empréstimos do BNDES no
Crédito para pequenas e médias empresas
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MPMEs são Responsáveis por 40% dos Empréstimos do BNDES no Primeiro Semestre de 2017

As aprovações do BNDES somaram R$ 32,2 bilhões no primeiro semestre, queda de 26% em relação ao mesmo período de 2016. Mas houve crescimento em setores de infraestrutura como Energia Elétrica (108%), Telecomunicações (51%) e Transporte Rodoviário (8%). Consultas e enquadramentos, primeiras etapas da tramitação dos pedidos de crédito no BNDES. Tiveram queda de 15% e 13%, respectivamente.

No entanto, alguns setores chamam a atenção pela alta expressiva nas consultas, que espelham as intenções de investimento no curto prazo. Como Celulose e Papel (1.983%), Química e Petroquímica (216%), Mecânica (62%) e Alimento e Bebida (35%).

Na distribuição regional, o volume de recursos liberados pelo BNDES entre janeiro e maio aumentou no Nordeste (9%) e no Centro-Oeste (8%). A retração dos desembolsos foi concentrada nas regiões Sudeste (-28%), Sul (-20%) e Norte (-16%).

Ainda refletindo o quadro econômico de baixa demanda por crédito para investimentos dos últimos dois anos. O total de desembolsos do BNDES nos seis primeiros meses deste ano somou R$ 33,5 bilhões. Recuo de 17% em relação ao mesmo período de 2016. O resultado manteve a desaceleração da queda dos desembolsos iniciada no ano passado.

Na primeira metade de 2016, o volume liberado pelo BNDES caiu 42% ante o mesmo período do ano anterior. O segundo semestre mostrou retração mais amena, de 28%. Também em relação ao mesmo período de 2015. Agora, o resultado de 17% confirma a tendência.

Segmento de MPMEs

No segmento de MPMEs, as liberações caíram 4% na comparação semestral, bem menos do que a retração de 23% nos desembolsos para grandes empresas, que somaram R$ 20,2 bilhões na primeira metade do ano. Com isso, a participação das MPMEs aumentou no desembolso total do BNDES, puxada principalmente pelas médias empresas.

Na distribuição por setores, o de Agropecuária foi o único com expansão, de 3%. Somando R$ 6,9 bilhões em desembolsos nos primeiros seis meses do ano. Refletindo a safra recorde e os programas agrícolas do Governo Federal.

No mesmo período, as liberações para Infraestrutura caíram 6% na comparação com o primeiro semestre de 2016. Mas houve destaque positivo para os setores de Telecomunicações (475%) e Energia Elétrica (42%). Comércio e Serviços e Indústria tiveram as retrações mais fortes: 13% e 42%, respectivamente.

O Destaque

Micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) se destacaram no desempenho operacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No primeiro semestre de 2017 com a ampliação da sua participação no total de empréstimos da instituição.

Entre janeiro e junho deste ano, o BNDES desembolsou R$ 33,5 bilhões. Desse total, 40% foram emprestados para MPMEs. Empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões. É a maior participação alcançada por esse segmento nas liberações do BNDES no primeiro semestre em seis anos. Foram R$ 13,3 bilhões em quase 173 mil operações com MPMEs na primeira metade de 2017.

A Importância do Capital de Giro

Neste primeiro semestre o crescimento acelerado da linha de crédito para capital de giro BNDES Progeren. Somou R$ 3,3 bilhões em desembolsos no primeiro semestre de 2017. Alta de 367% em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram para MPMEs 82% do montante emprestado na primeira metade do ano por esta linha de crédito, criada com o objetivo de suprir empresas com capital de curto prazo para atravessar o atual contexto da economia mantendo capacidade produtiva e empregos.

Apenas em junho, a BNDES Progeren desembolsou R$ 603 milhões (alta de 384% na comparação com o emprestado no mesmo mês de 2016). Pouco menos do que foi liberado por meio dessa linha em todo o primeiro semestre do ano passado (R$ 706 milhões).

 Participação do Finame

Outra linha de crédito do BNDES que impulsionou a participação de MPMEs no desembolso total do Banco foi a Finame. Ele financia a aquisição de máquinas e equipamentos. Dos R$ 8,7 bilhões desembolsados por essa linha na primeira metade de 2017. 65% foi para MPMEs. Os desembolsos da Finame fecharam o primeiro semestre praticamente estáveis em relação ao mesmo período de 2016, com queda de 1%.

No entanto, as aprovações tiveram alta expressiva de 42%. Reforçando a expectativa de recuperação dos desembolsos no segundo semestre. Entre janeiro e junho deste ano, a Finame aprovou quase R$ 11 bilhões em crédito. Impulsionando o aumento de produtividade nas empresas e no campo. Assim como a demanda da indústria de bens de capital.

Em maio deste ano, os desembolsos da Finame haviam registrado a primeira alta (11%) na comparação com o mesmo mês do ano anterior desde setembro de 2014. Em junho, esse crescimento acelerou para 28% na comparação com o mesmo mês de 2016. Somando R$ 1,7 bilhão em desembolsos.

No mesmo mês, foram aprovados pouco mais de R$ 2 bilhões nessa linha. Alta de 39% em relação a junho de 2016. As aprovações da Finame costumam se converter rapidamente em investimentos porque a contratação e o desembolso ocorrem, em média, em menos de duas semanas.

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