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Narrativa sobre gastos de Bolsonaro divulgados pela mídia é desmentida. Em entrevista coletiva realizada na noite de segunda-feira (15), os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro esclareceram os gastos que foram divulgados pela imprensa no último fim de semana. Segundo a defesa, os valores são considerados “pífios” e referem-se às despesas básicas do dia a dia da família do ex-presidente.

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De acordo com Fabio Wajngarten, advogado e ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) no governo Bolsonaro, o ex-presidente nunca fez uso de seu cartão corporativo. As despesas de natureza pessoal, feitas com pequenos prestadores de serviços, eram controladas pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que realizava saques em um terminal de caixa localizado no Palácio do Planalto. “Não há confusão nos saques, não há cruzamento de saques”, argumentou Wajngarten.

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Wajngarten afirmou que esse método de pagamento utilizado por Mauro Cid “persistiu durante todo o governo”, uma vez que havia uma “preocupação contínua com fraudes e gastos indevidos na conta do presidente”.

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A defesa também informou que Bolsonaro abriu uma conta poupança nos Estados Unidos, em dezembro de 2022, com cerca de US$ 135 mil, essa conta nunca foi movimentada e foi aberta, de acordo com o advogado Marcelo Bessa, porque o ex-presidente “acredita que o atual governo não irá administrar bem a economia” e preferiu retirar esse dinheiro do país.

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Os documentos da investigação da Polícia Federal (PF) revelaram mensagens de Cid com orientações para que os gastos de Michelle Bolsonaro e da família fossem pagos em dinheiro vivo, o que foi confirmado pela defesa que informou que essa prática se dava por uma questão de segurança, refutando o argumento da PF que alegou ser “possível identificar indícios do ‘uso ilegal dos recursos com saques em dinheiro e depósitos em dinheiro, de forma fragmentada, o que dificulta a identificação dos responsáveis pelas transferências’, e não há evidências de que as pessoas beneficiadas pelos pagamentos possuem qualquer relação com a Presidência da República que justifique esses recebimentos possivelmente públicos”.

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O advogado Paulo Bueno afirmou que a divulgação dos gastos ocultou “valores insignificantes” que fazem parte do “cotidiano de uma família”. Entre esses gastos estão despesas com cabeleireiros, roupas para a filha do casal e auxílio a um meio-irmão de Michelle com necessidades especiais.