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Logo no primeiro dia do ano a Folha decidiu publicar a revelação de que o futuro ministro do STF, Flávio Dino, teve um papel importante para não referendar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele foi uma das primeiras pessoas a classificar o afastamento de Dilma como um golpe de Estado.

Dino era um dos protagonistas de uma página no Facebook criada na época, chamada ‘Golpe Nunca Mais’. Em diversas entrevistas, usou a palavra para caracterizar o processo de afastamento da ex-presidente, e nunca mudou de opinião”, lembra o jornal.

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“O futuro ministro também esteve por trás de uma frustrada manobra do então deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA), seu aliado, que tentou, numa canetada, anular a votação da cassação de Dilma pela Câmara dos Deputados, acrescenta a Folha.

A expectativa é que Flávio Dino deixe o Ministério da Justiça na segunda-feira da próxima semana, quando o governo federal realizará um evento em alusão aos atos de 8 de janeiro.

Indicado para o STF pelo presidente Lula (PT), Flávio Dino teve o apoio de 47 senadores, com 31 contrários; houve duas abstenções. O mandato de Dino no Senado será assumido definitivamente pela sua suplente, Ana Paula Lobato (PSB). Ela já vinha no cargo desde o começo deste ano, quando Dino assumiu o Ministério da Justiça.

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O resultado da indicação de Flávio Dino refletiu uma intensa campanha realizada por ministros do STF, advogados e integrantes da Esplanada dos Ministérios. Dino foi indicado após sugestões dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Tanto Moraes quanto Mendes ligaram para senadores ao longo das duas últimas semanas pedindo votos ao ex-governador do Maranhão.

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Ministros como Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Rui Costa (Casa Civil) também participaram da campanha pró-Dino no Senado. Outro personagem que pediu votos pessoalmente foi o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay – aquele que andava de bermuda pelos corredores do STF.

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