Nubank e outras fintechs tem queda de 50% inadimplência pesa. A alta de juros e o menor crescimento global se transformaram em uma combinação fulminante para o valor das fintechs em todo o mundo. Isso inclui o brasileiro Nubank (NUBR33), que acaba de chegar ao seu valor mínimo de mercado, poucos meses depois de protagonizar uma das mais badaladas aberturas de capital do planeta.
Desta forma, em média, as grandes fintechs listadas já perderam cerca de metade do valor no acumulado deste ano. O Nubank roda perto de seu preço mínimo, com um recuo de cerca de 50% em relação ao preço de largada de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em dezembro de 2021 – no ano, a desvalorização é de 42%.
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E assim, outras brasileiras também listadas nos Estados Unidos, PagSeguro (PAGS34) registrou um tombo de cerca de 45% e Stone (STOC31), de mais de 50%. Contudo, fintechs estrangeiras também registram quedas expressivas.
Entretanto, o primeiro sinal de alerta sobre o setor foi com o resultado da empresa de adquirência e de tecnologia de pagamentos Stone – também listada em Nova York -, que jogou os olhares para os problemas que as fintechs poderiam ter sob o contexto de juros altos e economia patinando.
A fintech teve um ano de 2021 complicado, provocado, essencialmente, pela má qualidade de crédito. Com isso, em 2021, a empresa viu seu lucro cair 79%, somando R$ 203 milhões. Suas despesas financeiras também deram um salto.
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A Stone aponta que o aumento de juro já é um processo identificado pela companhia “há bastante de tempo” e que, por isso, tem feito uma reprecificação gradual que garantiu o aumento do número de clientes.
Com esse cenário, nas últimas semanas, analistas do setor financeiro passaram a escrever relatórios mais reticentes. O principal ponto de cautela tem sido a qualidade do crédito concedido pelas fintechs. A pergunta mais frequente é se o cliente que fez o empréstimo terá fôlego para pagá-lo.
“Isso aumenta o risco de o Nubank eventualmente ter de frear a originação (concessão de crédito), diminuindo o ritmo de monetização e diminuindo as esperanças para 2023″, segundo relatório do Itaú BBA, assinado pelos analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard.
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A ação do Nubank também sofre por conta do sinal verde para a venda de papéis da companhia, que estavam bloqueados desde o IPO. Com o fim da trava, cerca de US$ 26 bilhões, como calculou a Bloomberg, devem ficar disponíveis para negociação.
Por fim, em relatório o Goldman Sachs explica que a antecipação do fim do bloqueio não implica em potencial oferta de ações. “A mudança de data serve para encurtar a potencial diluição de ações de curto prazo, encerrando o lock-up logo após o balanço, em vez de três semanas depois”.