Os Riscos de Manter Conta em Cooperativa de Crédito

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Não é hábito pensar sobre os riscos de manter conta em cooperativa de crédito. No entanto se você tem conta em alguma cooperativa ou pretende abrir a sua, vale apena prestar atenção nas informações vamos fornecer aqui.

Atualmente são milhões de associados em cooperativas de crédito, de acordo com o Banco Central (BC). O modelo de atuação das instituições é diferente em relação ao dos bancos, mas elas também são regulamentadas pelo BC. A adesão é livre e, ao participar, você se torna sócio.

Os serviços oferecidos pelas cooperativas de crédito são de longe muito mais baratos que os dos bancos. A taxa de juros cobrada para empréstimos também é bem menor. As cooperativas tem crédito barato porque não tem o lucro como foco. As sobras positivas dos resultados são distribuídas aos associados.

Embora a maioria das pessoas acredite que ter conta em banco ou cooperativa seja a mesma coisa. Apenas com valores menores. Esta máxima não é verdadeira. Ter conta em uma cooperativa de crédito significa ser sócio da mesma.

O associado de uma cooperativa de crédito se beneficia de seu resultado positivo caso houver. Em contrapartida também será responsável por arcar com o prejuízo em caso de resultado negativo.

De acordo com a regulamentação do BC a cooperativa de crédito precisa ter fundo de reserva. Se o mesmo for insuficiente para cobrir o resultado negativo não ha perda ao associado. Todos os depósitos e créditos mantidos nas cooperativas têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), que garante até 250 mil reais por CPF/CNPJ. Funciona da mesma forma que o garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) aos clientes dos bancos.

Casos de Cooperativas de Crédito com Risco Real

Por mais que você pense que uma cooperativa não irá quebrar isto pode ocorrer. Acontece até mesmo com bancos. A Cooperativa de Crédito Rural do Pantanal (Sicoob Pantanal) é uma das cinco que faliram com prejuízos milionários. Doze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por gestão fraudulenta e formação de quadrilha. Fato que resultou em prejuízo de R$ 5,7 milhões e a falência.

Segundo denúncia, o esquema ocorreu entre os anos de 1998 e 2004 e culminou com o fechamento de cinco unidades da cooperativa em Várzea Grande, Barão de Melgaço, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger e a sede que ficava em Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá) e atualmente se encontra em liquidação extrajudicial.

Em setembro de 2018 o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Sicoob Credicazola de Lucélia (SP), a 260 km de Maringá. A ação do BC ocorreu devido a “situação de comprometimento econômico financeira da instituição, bem como a grave violação às normas legais e regulamentares que disciplinam sua atividade”. Também foi decretada a indisponibilidade de bens dos ex-administradores.

É extremamente importante que os associados das cooperativas de crédito tenham participação ativa nas mesmas. Acompanhando os relatórios e prestação de conta, para garantir a saúde da cooperativa.

No site do Banco Central, é possível comparar as informações trimestrais de todas as cooperativas, com o histórico de todas regulamentadas. Basta buscar pelo mês, em seguida selecionar no segundo campo “resumo” e depois escolher “cooperativas de crédito”. Com a ferramenta, dá para ver a lista completa das cooperativas.