Segundo reportagem do jornal Lula pretendia indicar somente Paulo Gonet agora, deixando a escolha do novo ministro do Supremo para a volta da viagem aos Emirados Árabes, para onde embarca nesta segunda-feira, 27, a fim de participar da 28.ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas.
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Porém, o veículo de imprensa afirma que ele mudou de ideia, depois de o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e também o senador Davi Alcolumbre, que comanda a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), garantirem a ele que Dino não ficaria “na chuva” e teria o nome aprovado na Casa.
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Gonet já foi sócio do ministro do STF, Gilmar Mendes que determinou a Lula que o indicasse para a vaga da Procuradoria Geral da República (PGR), desta forma está indicação segundo juristas é inconstitucional e não pode ser aprovada pelo Senado.
Tanto Dino como Gonet precisam passar por sabatinas na CCJ que é presidida por Davi Alcolumbre, e no plenário do Senado para serem nomeados.
O ministro da Justiça sofre resistências de vários políticos e de uma imensa parcela da sociedade devido a seu comportamento e ao aumento da criminalidade no país durante sua liderança. O Partido Novo já iniciou um abaixo assinado para barra a nomeação de Dino ao STF, entre a lista que pesa contra Dino estão:
SAIBA: Contra Dino no STF Partido Novo inicia abaixo-assinado
No próprio site do abaixo-assinado o Novo relaciona alguns dos abusos de Flávio Dino:
- Omitiu dados que eram essenciais para comprovar o acordo de leniência da Odebrecht, levando ao anulamento de todas as provas da Operação Lava-Jato.
- Permitiu que representantes do Comando Vermelho fizessem lobby em seu ministério.
- Faltou mais de uma vez em audiências nas Comissões do Congresso. Por se tratar de uma convocação, Dino era obrigado a comparecer.
- Enviou 4 das 185 câmeras Palácio da Justiça que registraram os eventos do 8 de janeiro, claramente tentando ocultar provas essenciais.
- Intimidou os diretores das redes sociais para que não veiculassem à população informações relevantes sobre a PEC da Censura.
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Jacques Wagner e Pacheco fazem jogo de cena segundo Estadão
Segundo a reportagem do Estadão, nos últimos dias, no entanto, tanto Pacheco como Alcolumbre se aproximaram de Lula. Os dois asseguraram ao presidente que os nomes de Dino e Gonet serão aprovados em sabatinas no Senado antes do recesso parlamentar, que começa em 22 de dezembro.
Nessas articulações, até mesmo dirigentes do PT desconfiam que o líder do partido no Senado, Jaques Wagner (BA), se aliou a Pacheco e Alcolumbre e votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe poderes do Supremo para fazer um aceno na direção da dupla. Com o movimento, Wagner irritou o PT e o Supremo, mas pode ter sido um jogo combinado com Lula, que, depois, afagou os magistrados.
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