Perspectivas do mercado para a semana. O que acompanhar. A semana vai trazer indicadores da atividade econômica. No mesmo dia da ata do Copom, saem os dados do varejo referente à março. O Itaú prevê alta de 1,3% no núcleo do índice de 0,3% no índice mais amplo, que inclui veículos e materiais de construção. Para a pesquisa mensal de serviços (PMS), a ser divulgada na quinta-feira (12), o banco acredita em um avanço mensal de 0,5%. A divulgação dos dois indicadores encerra o conjunto de dados de atividade do primeiro trimestre.
Contudo, destaque para dados de inflação no Brasil, Estados Unidos e Europa. As autoridades monetárias do mundo todo estão de olho na escalada global de preços, retiram medidas de estímulo e aumentam juros – a combinação que tem derrubado os mercados.
Na semana passada, o BC elevou a Selic em 1 ponto percentual e deixou a porta aberta para uma nova alta “de menor magnitude”, de acordo com o comunicado que acompanhou a decisão.
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Desta forma, “aparentemente, a decisão de prolongar ou interromper o ciclo de aperto monetário será tomada reunião a reunião. Esperamos que termine com a Selic em 13,75%, com duas altas extras de 50 pontos base, mas a divulgação da minuta na próxima terça-feira pode nos levar a rever essa projeção, se necessário”, afirma a equipe de análise do Itaú.
Na quarta-feira (11) sai o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), referente ao mês de abril. Vale lembrar que a prévia da inflação do mês passado (IPCA-15) avançou 1,73%, maior taxa para o período em 27 anos. Para o mês cheio, o Itaú prevê uma alta de 1,04%, levando a inflação de 12 meses a 12,11% – para os analistas do banco, será o pico da inflação em 2022.
Entretanto, no mundo corporativo, a agenda de resultados trimestrais das empreses segue a todo vapor. Nesta semana, mais de 80 empresas divulgação balanços relativos ao primeiro trimestre, com destaque Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), B3 (B3SA3), Azul (AZUL4) e Via (VIIA3).
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Logo na segunda-feira (09/05) temos os números da Azul, Aura Minerals, Banco ABC, BB Seguridade, Blau Farmacêutica, BTG Pactual, Caixa Seguridade, CBA, Itaú Unibanco, Assaí, Grupo Mateus, Iochpe-Maxion, Marisa, Méliuz, Mitre, Technos, Terra Santa, Via, Viveo e Sinqia.
Por sua vez, na terça-feira (10/05), Alupar, Armac, Brasil Agro, CSU Cardsystem, Cury, CVC Brasil, Log-In, Mobly, Qualicorp, Taurus, Vivo,
Grupo SBF e Vivara apresentam seus resultados.
Já na quarta-feira (11/05), temos Caixa, Aliansce Sonae, Banco do Brasil, Braskem, Copel, Enjoei, Grupo Soma, JBS, Light, Minerva, Panvel, Positivo, Santos Brasil, SLC Agrícola, Sulamérica, Tenda e Ultrapar.
Seguindo na apresentação dos números, na quinta-feira (12/05) é a vez do BNDES, Bradespar, IMC, Aeris, Ambipar. Americanas, B3, Banrisul, Bemobi, brMalls, CCR, Cogna, CPFL Energia, Enauta, Energisa, Eneva, Eztec, JHSF, Locaweb, Mosaico, Plano & Plano, MRV
Randon, Rede D’Or, Yduqs, Guararapes, Even.
E por fim, na sexta-feira (13/05) a Ser Educacional, Cemig, Cosan, Cyrela, MDias Branco e Raízen apresentam os números do trimestre.
Entretanto, a semana importante para Banco Inter (BIDI4;BIDI11), que realiza assembleia geral extraordinária na quinta-feira (12) para aprovar os novos termos da proposta de listagem da empresa na Nasdaq. Assim como na primeira tentativa de reorganização, os acionistas terão duas opções: trocar as ações que possuem por BDRs (recibos de ações negociadas no exterior) ou optar pelo recebimento em dinheiro. A possibilidade de cash out foi justamente o que impediu que a reestruturação fosse adiante, em novembro do ano passado.
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Nos novos termos, o valor foi fixado em R$ 19,35 por unit (combinação entre uma ação ordinária e duas preferências) e o limite estabelecido em R$ 1,13 bilhão. Caso seja ultrapassado novamente, como ocorreu na primeira tentativa, o valor será dividido entre os acionistas que optaram pelo cash out e o que faltar será pago em BDRs da companhia.
E ainda, a Embraer (EMBR3) deve fazer na terça-feira, um anúncio sobre a aprovação da fusão entre sua subsidiária Eve, de “carros voadores”, e a Zanite, uma sociedade de propósito específico (Spac, na sigla em inglês), apurou a agência de notícias do Estadão. A empresa resultante da combinação de negócios se chamará Eve Holding e deve ser listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).