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Perspectivas para os papéis da Vale continuam boas, segundo Credit Suisse. A fraqueza recente do minério, em meio às perspectivas piores de recuperação da demanda do ingrediente siderúrgico pela China, tem levado a uma forte baixa das ações ligadas ao setor. Somente em maio (até a sessão da última quarta-feira), as ações da Vale (VALE3) registram queda de cerca de 10%, na casa dos R$ 65.

Contudo, parte do mercado segue otimista com a tese de investimentos na companhia.

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Em relatório, o Credit Suisse atualizou a sua cobertura para as ações de siderurgia e mineração de forma a incorporar os resultados trimestrais publicados, a perspectiva atualizada para a indústria siderúrgica brasileira e os catalisadores da demanda de minério de ferro da China.

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“Por um lado, reconhecemos que o desequilíbrio de oferta e demanda do aço da China, junto com a desaceleração dos dados imobiliários em abril, podem manter os preços do minério de ferro pressionados no curto prazo. Por outro lado, a Vale está melhor posicionada do que seus pares para se beneficiar da descarbonização da siderurgia nos próximos anos”, avaliam, mantendo assim recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) da mineradora, ainda que reduzindo o preço-alvo.

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De acordo com os analistas da casa, o acesso exclusivo a minério de ferro de alto teor e baixa impureza é uma vantagem competitiva importante que deve ser precificada gradualmente, à medida que a demanda e os prêmios por produtos de minério de ferro de alta qualidade aumentam.

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Com relação às siderúrgicas brasileiras, o banco suíço aponta que Gerdau (GGBR4) continua sendo seu nome preferido, já que os lucros não se deterioraram significativamente devido às margens resilientes na América do Norte, enquanto o preço das ações recuou consideravelmente.

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“Isso levou a um valuation excessivamente descontado, tornando o fluxo de caixa livre e o dividend yield [dividendo em relação ao preço da ação] esperado para 2023 muito atrativos (de 19% e 14%, respectivamente)”, avaliam.

Por outro lado, os analistas da casa reduziram a recomendação para a CSN (CSNA3) de outperform para neutra devido à deterioração da perspectiva de alavancagem e valuation menos atrativo, de 4,6 vezes o EV/Ebitda (EV = enterprise value, ou valor de mercado + dívida líquida”; Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) esperado para 2023.

Já as incertezas em torno da reforma do Alto Forno 3 da Usiminas (USIM5) continuam, com os investidores devendo se manter ” à margem”. “Portanto, seguimos nossa recomendação neutra no nome”, apontam os analistas.

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Confira as revisões de recomendação abaixo:

Os analistas veem o valuation atrativo, com o preço-alvo atual, ainda que reduzido, representando um potencial de valorização de 37% frente o fechamento da véspera.

Além disso, a política de dividendos mínimos da Vale, combinada com seu programa de recompra de ações em andamento, implica em um dividend yield total atrativo de 8% no segundo semestre de 2023, apontam os analistas.

No longo prazo, veem a Vale melhor posicionada do que seus pares para se beneficiar de prêmios mais altos para produtos de minério de ferro de alta qualidade.