Uma estreita maioria dos entrevistados em pesquisa AtlasIntel, 50,9%, discorda da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a plataforma de rede social X no Brasil, ao mesmo tempo que 56,5% dos ouvidos avaliam que a decisão teve motivação política.
De acordo com o levantamento, divulgado na noite de quarta-feira, o percentual dos que concordam com a decisão de Moraes é de 48,1%, enquanto 0,9% disseram não saber, ao passo que 41,7% entendem que a decisão teve motivação técnica, e 1,8% disseram não saber.
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Moraes decidiu na semana passada suspender o funcionamento da plataforma do bilionário Elon Musk no Brasil depois que a rede social descumpriu decisão dele para que apontasse um representante legal no Brasil, após a empresa fechar seus escritórios no país. A decisão do ministro foi posteriormente referendada pela unanimidade dos demais quatro integrantes da Primeira Turma do STF em julgamento nesta semana.
Para 55,1% dos entrevistados pela AtlasIntel, essa decisão é abusiva, ao passo que 44% a entendem como justificada e 0,9% não souberam.
Os entrevistados pelo instituto também manifestaram discordância da decisão de Moraes de impor multa de 50 mil reais para os usuários que usassem VPN, um mecanismo que mascara a origem da conexão, para driblar a suspensão do X no Brasil, com 64,5% dizendo discordar da medida, 34,7% concordando com ela e 0,8% não sabendo.
O AtlasIntel também indagou sobre as avaliações de Moraes e Musk. No caso do ministro do STF, a maioria o avalia negativamente, 52%, contra 47% que têm uma avaliação positiva e 2% que não sabem.
Por outro lado, a maioria dos entrevistados tem uma avaliação positiva da imagem de Musk, 52,8%, contra 43,9% que o veem de forma negativa e 3,3% que não sabem.
Ainda, 50% dos entrevistados disseram não confiar no STF, ante 44% em pesquisa realizada em maio, ao passo que 47% manifestaram confiança na corte, ante 45%, e 4% não souberam, ante 12%.
O AtlasIntel entrevistou 1.617 pessoas por meio de formulários pela internet entre terça e quarta-feira. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.