Petrobras tem recomendação de compra mesmo com pressão política

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Petrobras tem recomendação de compra mesmo com pressão política. O Itaú BBA reiniciou sua cobertura da Petrobras (PETR3;PETR4) em relatório divulgado no último domingo (26), com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, ou equivalente à compra) e preço-alvo em R$ 43 para os papéis preferenciais.

Isto porque, “é mais provável que o ruído relacionado aos preços esteja atualmente em seu nível mais alto, com a empresa ainda lutando para acompanhar os preços internacionais”, comentam.

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Do outro lado, quanto ao risco da Petrobras voltar a investir em refinarias, o banco vê que a companhia dificilmente construirá uma nova planta. Isso porque a construção de novos parque traria muito mais riscos, que pesam na escolha de diretrizes para os próximos anos.

No passado, a Petrobras, por exemplo, superestimou o crescimento da demanda brasileira de combustíveis e acabou aumentando a sua capacidade de produção sem que houvesse demanda para isso.

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Desta forma, ao contrário de aumentar seus investimentos em refinarias, então, a estatal deve continuar investir no desenvolvimento de suas plantas maduras, buscando evitar excesso de oferta, e manter os desinvestimentos no setor, o que já é contemplado no plano que vai até 2026.

Por fim, o Itaú BBA afirma que a Petrobras tem em seu horizonte o desafio da transição energética, mas que deve crescer mesmo assim, com seu plano focado em maior eficiência, menores emissões e reinjeções de CO2 durante a extração de óleo e gás, no que a companhia é referência – estando, inclusive, bem a frente de seus pares.

A recomendação ocorre mesmo em meio ao cenário turbulento para a estatal, com investidores elevando os seus temores para os ativos em meio às ameaças políticas. Nomes como o Morgan Stanley, por exemplo, possuem recomendação neutra para os papéis da Petrobras, com medo das possíveis interferências – o que também não é descartado pelo BBA.

Por fim, o BBA vê que a Petrobras já passa por um momento positivo sem precedentes com a combinação dos altos preços do petróleo, dos crack spreads e da taxa de câmbio e que o recuo provável do petróleo no médio prazo, com a Rússia conseguindo redistribuir sua produção, deve diminuir a pressão sobre a política da política de preços. Assim, veem mudanças mais extremas na política de preços como bastante improváveis.

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