A Polícia Federal apurou que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizou seis viagens entre 2024 e 2025 ao lado da empresária e lobista Roberta Luchsinger, investigada por participação em esquema de desvios de aposentadorias e pensões no INSS.
Segundo informações do Poder 360, uma das viagens foi internacional, para Portugal em junho de 2024, e outras cinco ocorreram em território nacional entre abril e junho de 2025. Em todas elas, Lulinha e Roberta constavam sob o mesmo código localizador de passagens aéreas, indicando deslocamentos conjuntos.
As viagens apontam para um possível elo entre ambos. Roberta é apontada como amiga pessoal da esposa de Lulinha. Na última quinta-feira, ela foi alvo da operação Sem Desconto, que apura esquema de desvios em aposentadorias do INSS. O Supremo decidiu que Roberta use tornozeleira eletrônica e apreendeu seu passaporte. Já Lulinha não é investigado no âmbito dessa operação.
- A PF identificou cinco repasses de R$ 300 mil do Careca para uma empresa ligada a Roberta Luchsinger, amiga próxima de Lulinha.
- Em diálogos analisados, Roberta teria enviado mensagens pedindo para que Careca “sumisse com os celulares”, levantando suspeitas de tentativa de ocultação de provas.
- A empresária é apontada como sócia de Careca em negócios investigados e já cumpre medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica.
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Contexto da investigação
- Roberta Luchsinger foi alvo da operação Sem Desconto, deflagrada pela PF em dezembro de 2025, que apura fraudes em descontos de benefícios previdenciários.
- O Supremo Tribunal Federal determinou que Roberta utilizasse tornozeleira eletrônica e teve seu passaporte apreendido.
- Apesar da proximidade apontada pelas viagens, Lulinha até o momento vem sendo blindado e foge de dar explicações.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara analisou e aprovou pedidos de extradição de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, que atualmente reside na Espanha. O processo, no entanto, está parado na Procuradoria-Geral da República (PGR) indicada por Lula e ainda não avançou para execução.
A CCJ da Câmara dos Deputados aprovou requerimentos para que fosse solicitada a extradição de Lulinha, após ele ser citado em delações ligadas ao esquema de fraudes no INSS, conhecido como “Farra do INSS”.
- O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) também protocolou no STF pedido de cooperação internacional com a Espanha, reforçando a solicitação.
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Acusações e dados
- Lulinha teria recebido uma mesada mensal de cerca de R$ 300 mil do ex-servidor do INSS Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca”, preso em 2025.
- As investigações apontam transferências que somariam aproximadamente R$ 25 milhões ao longo dos anos.
- Mensagens reveladas pela PF mostram que uma empresária amiga de Lulinha pediu para Careca “sumir com os celulares”, levantando suspeitas de ocultação de provas.
Situação atual
- Apesar da aprovação na CCJ, o pedido de extradição está travado na PGR que é aliada de Lula, sem encaminhamento definitivo.
- Essa demora gera críticas da oposição, que acusa o governo de blindagem política.
- A CPMI do INSS também convocou Lulinha para depor, ampliando o alcance político das investigações.
O caso da extradição de Lulinha mostra como as investigações sobre o INSS extrapolaram o campo jurídico e entraram no terreno político. A aprovação pela CCJ e o pedido de cooperação internacional com a Espanha reforçam a gravidade das acusações, mas o impasse na PGR evidencia a disputa institucional e a pressão sobre o governo.
Dados e números relevantes
- 6 viagens identificadas pela PF (1 internacional + 5 nacionais).
- Período: entre junho de 2024 e junho de 2025.
- Operação Sem Desconto: deflagrada em 18 de dezembro de 2025, com foco em desvios no INSS.
- Medidas judiciais: tornozeleira eletrônica e apreensão de passaporte de Roberta.
Reações políticas e jurídicas
- O advogado de Lulinha, Marco Aurélio de Carvalho, classificou as citações ao filho do presidente como “fofocas e vilanias”, afirmando que não há elementos que o envolvam diretamente.
- A CPMI do INSS aprovou requerimentos para convocar Lulinha a depor, ampliando o alcance político das investigações.
- Parlamentares da oposição destacam que a proximidade com investigados reforça a necessidade de esclarecimentos públicos.






















