PIB do Brasil tem projeção forte elevação pelo FMI. O Fundo Monetário Internacional elevou de forma expressiva sua estimativa para o crescimento da atividade brasileira neste ano. Mesmo apesar das dificuldades enfrentadas pelas economias globais, mas ao mesmo tempo passou a ver desempenho mais fraco em 2023.
Na revisão das estimativas globais em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano de 1,7%, bem acima da taxa de 0,8% calculada em abril.
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Entretanto, o mercado também vem elevando sua projeção para o crescimento brasileiro neste ano, após um primeiro semestre melhor do que o esperado, e piorando a do ano que vem, diante da expectativa de que o aperto monetário impactará a atividade de forma mais expressiva e em meio a preocupações com a saúde fiscal do país. O relatório Focus mais recente mostra que os especialistas consultados pelo Banco Central veem expansão de 1,93% do PIB em 2022 e de 0,49% em 2023.
A estimativa do FMI, no entanto, ainda está um pouco abaixo da do governo, que calcula que o PIB brasileiro deve crescer 2,0% neste ano. O cálculo do Ministério da Economia é ainda mais forte em 2023, com alta prevista de 2,5% para o PIB.
A melhora do cenário para o Brasil ajudou a impulsionar a projeção para o crescimento da América Latina e Caribe, com o FMI vendo agora aumento do PIB da região.
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“Os riscos para o cenário global são predominantemente negativos. A guerra na Ucrânia pode levar a uma interrupção repentina das importações de gás da Rússia pela Europa; pode ser mais difícil reduzir a inflação do que o esperado se os mercados de trabalhos estiverem mais apertados ou se as expectativas de inflação desancorarem”, listou o FM
Entre os motivos que levaram o FMI a reduzir a projeção para o PIB mundial em 2022 em 0,4%, a 3,2%, estão a inflação mais elevada em todo o mundo, desaceleração mais forte do que o esperado na China devido a novos surtos de Covid-19 e repercussões negativas da guerra na Ucrânia.
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Para a China, o Fundo cortou as perspectivas de crescimento em 1,1% para 2022 e em 0,5% para 2023, indo respectivamente a 3,3% e 4,6%.
Esse foi um dos principais motivos para o cenário mais fraco previsto para os mercados emergentes e economias em desenvolvimento –3,6% em 2022 e 3,9% em 2023, com cortes respectivamente de 0,2% e 0,5%.