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Porto deve ter alta da sinistralidade de R$ 20 milhões, devido a chuva no litoral norte. O Carnaval de 2023 foi marcado por um desastre no litoral de São Paulo em meio às fortes chuvas, que ocasionaram desabamentos, enchentes, que fizeram com que muitas pessoas perdessem os seus carros e casas e até mesmo as suas vidas – 54 mortes foram confirmadas até o fim da tarde desta sexta-feira (24).

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Entre os dias 19 e 20 de fevereiro, as seguradoras realizaram quase 3 mil ações de resgate de veículos afetados de alguma forma pelas chuvas, em especial nas cidades de São Sebastião, Guarujá e Bertioga.

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A estimativa da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) é de que ainda deverão ser feitos mais 1,5 mil atendimentos referentes à terça-feira de carnaval (21), a depender da liberação para circulação em algumas regiões.

Neste cenário, a Genial Investimentos fez uma análise de forma a estimar qual pode ser o impacto das chuvas de Carnaval nos números de seguro da Porto (PSSA3).

Segundo os analistas, dadas as declarações de executivos com estáticas do evento, o impacto será limitado para os números da companhia. Porém, ponderam que o período chuvoso ainda não terminou e mais sinistros podem vir a piorar suas estimativas.

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Por enquanto, reiteram a recomendação de compra para PSSA3, avaliando que a empresa passa por uma melhora relevante na subscrição de sinistros por conta de uma re-precificação que deve levar a uma melhora de rentabilidade, evidenciada pelo quarto trimestre de 2022 (4T22), quando a empresa reportou uma rentabilidade (medida pelo ROE) de 21,5%, melhora relevante versus o 2T22 com 3,8%. Cabe ressaltar que, na quarta-feira, as ações PSSA3 caíram 4,27%, também seguindo o dia bem negativo no mercado, fecharam com alta de 1,39% na quinta e registram leve queda na sexta.

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A Genial ressalta que, sazonalmente, os primeiros trimestres são geralmente mais fracos por conta da alta de sinistros de automóveis, por conta do aumento das chuvas no período e/ou por elevação de roubos. “Ao longo de muitos anos, os casos de roubos de veículos foram diminuídos por conta da regulamentação dos desmanches de carros, principalmente no estado de São Paulo”, cita a Genial.

Em relação as chuvas, os segurados da Porto serão ressarcidos e consequentemente a empresa terá um impacto negativo em seu resultado do 1T23 devido ao acontecido, já que houve um aumento considerável no número de sinistros.

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Ao fazerem as estimativas, a casa de análise aponta que, conforme notícias divulgadas pela mídia, a Porto já realizou por volta de 1.120 atendimentos nos primeiros dois dias. Ao estimarem um acréscimo a essa estatística para os sinistros ocorridos, porém não avisados, esperam que os carros totais atingidos sejam por volta de 1.700 veículos.

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A projeção também é de que veículos com perdas totais (indenizações integrais) sejam de aproximadamente 200 automóveis (12% do total) e que tenham um preço médio a ser ressarcido de aproximadamente R$ 100 mil. Assim, o montante total de sinistros para perdas totais é de R$ 20 milhões.

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No entanto, pontua que a empresa consegue recuperar boa parte desses automóveis e vender por aproximadamente 50% do preço da tabela FIPE. Logo, a Porto teria uma “reversão de sinistros” de R$ 10 milhões, o que totalizaria um impacto por perda total no mesmo valor de R$ 10 milhões.

Além das perdas totais, outros sinistros devem ser acionados, acima do valor de franquia, mas com menor relevância, como por exemplo, ajustes na parte elétrica. A Genial considera que esses casos sejam aproximadamente 3 vezes o caso de perdas integrais, representando por volta de 35% dos totais (600 casos). Os ajustes menores projetados seriam de um valor médio de R$ 10 mil por carro, somando um total de R$ 6 milhões.

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Ainda, há os custos de serviços/atendimentos que envolvem, por exemplo, o deslocamento de guinchos e socorristas até o local. Assim, estimam o valor adicional de R$ 4 milhões.

“Dessa forma, chegamos a um montante total de aproximadamente R$ 20 milhões de acordo com as nossas estimativas”, apontam os analistas.

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Para o seguro residencial, a empresa estima um impacto imaterial, pois a maior parte das residências afetadas não eram seguradas pela Porto.

As projeções levavam em consideração um lucro projetado para o 1T23 de R$ 350 milhões. Considerando um aumento de R$ 20 milhões na sinistralidade de auto, o lucro esperado para o trimestre teria uma redução de 3,1% atingindo um montante de R$ 339 milhões. Já o índice de sinistralidade auto apresentaria um aumento de 0,55 ponto percentual, indo de 61,2% para 61,7%. Ademais, o índice de sinistralidade total sairia de 58,8% para 59,1%.

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