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Poupança tem a maior retirada de recursos em quase 30 anos. O Banco Central (BC) anunciou na terça-feira 6, que, entre os meses de janeiro e maio de 2023, os saques efetuados na caderneta de poupança superaram os depósitos em quase R$ 70 bilhões. Com isso, um novo recorde de evasão de recursos nos primeiros cinco meses do ano foi batido, conforme a série histórica iniciada em 1995.

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A saída líquida da caderneta registrou R$ 11,7 bilhões em maio, maior resgate desde o início da contagem. O valor é menor apenas do que no mês de janeiro, período que registrou a saída superior a R$ 33 bilhões. Já o último registro de entrada líquida da poupança ocorreu também no mês de maio, mas em 2022, com saldo positivo de R$ 3,5 bilhões.

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O estoque de investimentos, por sua vez, caiu de R$ 967 bilhões em março para R$ 961 bilhões. A rentabilidade caiu de R$ 6,3 bilhões em abril para R$ 5,7 bilhões em maio.

Em um mês, a poupança rendeu 0,72%. Valor pouco acima da prévia da inflação para o período, de 0,51%.

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A retirada de recursos acontece em um momento de juros altos — atualmente a taxa básica, a Selic, está em 13,75% ao ano —. Isso influencia diretamente nas taxas cobradas pelos bancos e afeta o endividamento da população que retira recursos de investimentos com mais liquidez, como a caderneta de poupança.

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