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O governo de esquerda do México descartou nesta quinta-feira (28) a assinatura de um tratado de livre comércio com o Brasil semelhante ao que mantém com os Estados Unidos, mas afirmou que apostará em um acordo de complementaridade em temas como comércio e cooperação.

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A delegação brasileira que está em visita ao México é composta por Alckmin e pelos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro; e do Planejamento, Simone Tebet; assim como pela vice-ministra das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, e diretores de várias empresas e agências estatais.

– Não estamos pensando em um acordo de livre comércio, mas sim em colaboração e cooperação em certa medida – disse a presidente mexicana Claudia Sheinbaum em entrevista coletiva.

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Antes da reunião que ocorreu nesta quinta com autoridades brasileiras, lideradas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, Sheinbaum explicou que foi assinado com o Brasil “um acordo de complementaridade”.

– O Brasil tem tecnologia em certos setores que interessam ao México e também temos desenvolvimento em outros que interessam ao Brasil – declarou.

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O secretário de Economia mexicano, Marcelo Ebrard, detalhou que, nesta quarta (27), representantes de ambos os países assinaram memorandos de entendimento para iniciar tarefas de cooperação.

– Primeiramente, o que interessa é atualizar, por parte do México, as disposições que limitam a exportação mexicana, particularmente na indústria automotiva, regras de origem, aplicação de regras de origem – afirmou.

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Ebrard destacou que, no diálogo bilateral, foi proposto, entre outras coisas, que haja um acordo entre agências reguladoras em matéria sanitária, como a homologação em sistemas regulatórios. Da mesma forma, no caso da cooperação, foi proposta a exploração em águas profundas, onde o Brasil “tem uma experiência muito grande”.

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O secretário da Economia mexicano reiterou, no entanto, que “não seria o objetivo” assinar um acordo comercial com o Brasil como o que o México tem com EUA e Canadá, mas que se buscará atualizar um acordo de complementaridade que data de algumas décadas.

– O que faremos é tentar atualizá-lo porque foi assinado há mais de 20 anos, mas não estamos considerando um acordo de livre comércio neste momento – concluiu Ebrard.

O comércio entre Brasil e México, as maiores economias da América Latina, atingiu no ano passado 13,6 bilhões de dólares (R$ 73,5 bilhões), com a balança favorável ao Brasil, cujas exportações para o mercado mexicano somaram 7,8 bilhões de dólares (R$ 42,1 bilhões).

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